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Cara, eu simplesmente... Tenho que postar isso.

Olha só, eu não sei se vocês vão entender direito.

Mas tipo, minha mãe tem um salão de beleza meia-boca no terraço daqui de casa.

No mesmo, eu tenho um canto que é só meu, ou quase isso. Nesse lugar eu crio de tudo, e principalmente desenho, e é onde está a mesa antiga do pc e tintas e coisas em geral. É minha pequena oficina, sabe. E como eu sou muito, mas MUITO desleixada, eu costumo deixar minhas coisas esparrodadas. Principalmente os lápis de cor.

Tá. Parte um explicada.

E eu tenho uma táboa em MDF onde eu desenho em cima dela. É bem útil quando eu não quero usar uma mesa, gosto de rabiscar com folha no colo, é mais... Sei lá, é bom. ^^

Parte dois explicada.

Para unir as partes um e dois, entra o dito salão da minha mãe.
Sempre vão crianças acompanhadas das mães. Sempre. Algumas já estragaram uns desenhos meus e eu fiquei puta de raiva com isso. Vide esta série.
Dessa vez a coisa foi mais ou menos semelhante.

Lembram da táboa e dos lápis que eu deixo espalhados?
Pois é, uma mente criativa juntou os dois e criou isto:


clique e amplie.

Achei isso agora mesmo. Fiquei dois minutos inteiros olhando, com cara de abestalhada.

O motivo da criança ter escrito o pseudônimo certo é simples, está escrito na mesa que uso toda.

Bem, pelo menos a criatura me acha linda.

Mas, ela fudeu a minha táboa com sua bela declaração.

Anyway, eu acabei gostando.

Porque eu odeio crianças - III

Então eu coloquei o carro pra fora e liguei o som automotivo no Avenged Sevenfold. Não sabia se conseguia abafar o sertanejo horrível que tocava num carro próximo, mas tentei. Cantava "Bat Country", uma das minhas preferidas.

Quando chegou em "Flash of the blade" - um cover do Iron Maiden que ficou até bom, minha mãe veio para saírmos.

É assim: Mamãe arruma noivinhas e daminhas e noivas e madrinhas para entrarem em casamentos. Faz o penteado, a maquiagem, veste, tudinho. E em domicílio. Ela faz bolos ótimos também. se quiser, entre em contato comigo.

Como eu tirei minha carteira na cagada pura e meu pai não deixa eu sair muito com o carro, eu sempre faço umas merdas no trânsito. Bem, se eu tivesse um Polo 2009 e e uma filha desmiolada eu também não deixaria, sabe... continuando, depois de apagar o carro antes da conversão e tentar arrancar no ponto morto eu consegui chegar ao destino, com minha mãe falando na minha orelha.

Ela tem carteira de motorista há uns anos. E ela não dirige, porque tem medo. E fica achando que pode ficar me dando lição sobre trânsito. Eu quase mandei ela vir pro volante e dirigir no meu lugar uma vez.
Achava que dirigir era legal.
Bem, com carros velhos e não tão cheios de frescura e com uma visibilidade traseira melhor, deve ser legal.
O Gol da auto escola era legal. Tá certo que ele dava uns barulhos estranhos, mas pelo menos ele dava sinal de vida. O Polo não... Sedãs. Silenciosos. Me dão agonia, eu não escuto o motor do carro!

"E o que isso tem a ver com crianças?" - pensa você.
Calma. estou chegando lá.
Fomos para a casa. A criança que tínhamos de arrumar era do tipo muito fofa. Tinha quatro anos. Guarde essa idade, pra não ter que ler de novo.

Minha mãe armou o penteado. fomos fazer um tal de Baby Liss no cabelo dela. é assim: um cano de metal com uma resistência dentro. Você liga na tomada, ele esquenta, você enrola o cabelo lá, ele torra o cabelo a uns 200 graus e aí pronto! Cachos lindos e perfeitos!

Mas isso demora. E como.
E você sabe, crianças não gostam de ficar quietas. E ainda mais por muito tempo.
A maleta de maquiagem de mãe estava em cima da mesa. fechada. Lá dentro estava a  minha nossa câmera digital, Kodak, 7.0 mp, comprada numa promoção da Ricardo Eletro quando 7 megapixel era ainda grande coisa. Minha mãe gosta de tirar fotos das meninas que arruma, como uma amostra para as próximas.

Não vi como, mas a criança pegou a câmera.

Em trinta segundos ela aprendeu a mexer nela.
Trinta segundos. Ela ligou, fuçou, achou o obturador. Minha mãe só viu quando o flash disparou.
Eu não sabia se ria ou chorava. Ria, porque minha mãe tem... bem, em respeito à dama não vou dizer a idade dela, mas ela tem muitas primaveras, e não tem ideia de como aquela câmera funciona, e a menina tinha quantos anos, mesmo?

A garota não se contentou em apenas uma foto. Resolveu virar fotógrafa. virava pra todo lado tirando fotos de tudo. A mãe, o pai, minha mãe, as paredes, e eu. Observe meu rosto feliz. Observe o sorriso forçado.



Então eu tomei a câmera da mão da menina e tirei uma das pilhas. Coloquei dentro da maleta e tampei.
Não deu cinco minutos e ela estava tentando ligar a máquina em vão. Ri na minha mente.

"Não, você não vai torrar minha pilha."

Mas ela não parou. Foi para a maquiagem. Destampou os batons, abriu o pó compacto, pegou o lápis de boca... fez uma pequena confusão.
Mas a mãe dela a xingava atá bastante. Mas a menina nem aí.

Talvez não é só os pais que não criam direito... as criaturas tem vontade própria também. E que vontade própria.
Pensei que por hoje chega. Não quero ver crianças nem tão cedo...

"Mas você já foi criança, Camila. claro que já fez arte."

Arte sim, claro. Mas eu sempre tive noção de coisa alheia. Eu nunca peguei coisas dos outros sem pedir, também porque eu sempre odiei que mexessem nas minhas coisas, sempre fui fechada, sempre tive segredos que não queria que ninguém soubesse. E pensava que as outras pessoas podiam ser como eu, não gostavam que alguém que não convive com você fuce suas coisas. e também eu nunca arruinei o desenho de alguém, ou  danei a tirar fotos com uma câmera digital de alguém que nunca vi na vida...

Eu nunca fui hiperativa. Pelo contrário.
E por ser tão calma e besta, acabei me conformando com as três crianças, mas ainda estou profundamente triste por causa do meu desenhoooo.............. T.T

E como eu sei que não tem jeito, vou esconder minhas coisas. E talvez deixar uma carroceria de carrinho com muita tinta preta fresca por aí. Seria legal. Acho que a aguarraz acabou... esfregar até sair... vai ser meio dolorido. Hahaha!!

Ouvindo "Gunslinger" do A7X, eu voltei pra casa, com muito sono, fome e com minha mãe ditando regras de trânsito no meu ouvido.


THE END!! 

Porque eu odeio crianças - II

Fiz o almoço, Já que hoje é sábado, dia oficial de arrumar o cabelo. E minha mãe trabalha até tarde.
Depois de lavar a louça, eu naturalmente ia limpar o chão. Fui ao terraço, no intuito de pegar um balde com água.

Deus, eu poderia ter tido um acesso de preguiça e não ido lá pra cima. Iria me poupar.

Cheguei lá e dei de cara com uma menina pequena. Uns cinco anos no máximo. "Só porque eu não estou pra criança hoje."

-Oi! - disse ela.
-Oi. - disse eu.
-Vai fazer o quê? Arrumar cabelo igual a minha mãe?
-Eu vou pegar um balde. - Nisso eu olhei o pescoço dela. Havia uma corrente prateada nele. Uma criança Headbanger? Levei dois segundos pra perceber.

Aquela corrente era minha.

Ergui os olhos para a antiga mesa do meu desktop, onde hoje guardo umas coisas, e faço desenhos. Lá estava minha caixinha onde guardo correntes e materiais para brincos, chaveiros e decorações em geral.

Estava aberta.

Tive que me conter. Afinal, a culpa era minha, eu havia esquecido a caixa ali...
Espere.
A casa é minha.
Ou pelo menos será ainda.
A intrusa era a garota.
Me perguntei se essas crianças não têm pai para olhá-las enquanto as mães vão no salão.
Estava ficando irritada. E eu nunca fico irritada.

Peguei a caixa, fechei e guardei. Apanhei meu balde. A criança falou algo com a mãe, que eu não ouvi direito por causa do secador e dos meus pensamentos do tipo "hoje eu falo com Ranieri que eu NÃO quero ter filhos!" 
Aí minha mãe desligou o secador.

-Então você vai ajudar a Camila a passar pano na cozinha?

Gelei.
Tinha que correr.
Mas o balde cheio de água não me ajudou.
A menina veio atrás de mim. Desceu as escadas como um foguete. Parei em frente à cozinha e disse pra ela ficar lá no terreiro varrendo.
Fui passar o pano. Tudo corria bem, até que eu me virei, quando o chão estava quase seco.... Pegadas. Cor de terra rosa. E no meio da cozinha, a menina. Feliz, de vassoura na mão.

"Não. Eu não quero ter filhos."

Com algum custo, eu fiz ela sair. Limpei tudo de novo. Ela voltou para a mãe, se vangloriando da grande ajuda que me deu.

 ¬¬"

Levei o balde lá pra cima. Pra quê, Odin! Pra quê?!
A menina estava lá me espreitando. Parecia que queria me seguir de novo... Não, de novo não. Fui ao cômodo-salão, pra ver se a menina ficava lá com a mãe dela.

Quase infartei.

Meus pincéis, esparrodados no chão, junto com pincéis de pintar cabelo e revistas. Em outro canto, os potes que uso pra misturar tinta. Mais ao lado, as ditas tintas...

Tive vontade de falar pra mãe da menina pra não trazer crianças ao local se não tem condições de vigiá-las.

Mas eu posso estar com a raiva que for, eu nunca digo, sempre guardo pra mim.
Critical error da minha life, mas eu sou assim, fazer o quê?

A mulher prometeu que ia fazer a menina colocar tudo no lugar. E assim foi.
Menos mal.
Pelo menos não arruinou um desenho meu.

Mas meu dia ainda estava só no meio.

Porque eu odeio crianças - I

Hoje eu constatei um fato: eu odeio crianças. Me chame do que quiser, eu não ligo. Eu só não gosto delas. principalmente as que tem fogo no rabo hiperativas.

Começou assim: hoje eu acordei com aquela preguiça normal. Tomei meu café, e minha mãe me pediu para por umas roupas no varal. Fui. O dito varal fica no terraço, e num canto dele é como se fosse minha pequena oficina. Lá eu faço minhas gambiarras e é onde está minhas tintas, pincéis, lápis de cor, carlotas de carros, etc. Lá  também há uma antiga cômoda minha, a qual uso para guardar livros - didáticos e literaturas minhas.- Na lateral da cômoda, eu colei uns desenhos que fiz em folha A5 (que dá duas folhas A4 juntas).

Estava tudo bem, enquanto eu punha roupas no varal e pensava em como seria o remake de "Broken Swords" - um projeto falido- quando eu olhei pro meu desenho de Heisenberg. Eu tenho certo apreço por ele, com Marie-Claire de cabelos soltos, longos e vermelhos como sangue, John, seu irmão, com o igual cabelo rubro, porém curto, e Liz, com sua Katana...

Mas algo estava errado. Muito errado. um risco. UM ENORME RISCO NO MEU DESENHO!
Cheguei mais perto. Não era um risco. Eram vários. MINHA OBRA ESTAVA RABISCADA!

Pensei em chorar. Meus olhos se encheram de água, mas aí eu olhei para o lado. Ali estava a fonte daquilo tudo. Um cômodo, a uns passos de onde eu estava. O salão de beleza da minha mãe. ali, naquele quarto de poucos metros quadrados, minha querida mãe arrumava, pintava, esticava, fazia milagres nos cabelos de mulheres não muito agraciadas pelos poderes do criador. Então as senhoras iam se embelezar, e largavam os filhos a Deus dará. E como os "anjinhos" eram tão quietinhos, pode deixar eles pra lá, né? "É só não descer a escada que é perigoso!!"- dizem as mães, antes de voltar a fofocar com minha mãe.

Nisso, os "anjinhos"  pegam uma cadeira, sobem nela, pegam meus lápis de cor em cima da caixa d'água e vão rabiscar o meu desenho felizes e em sua inocência.

"Nossa, Camila. Você está sendo muito dura. Eles não tem culpa, são crianças!"- pensa você.
Isso porque não foi você quem levou dias para imaginar, esboçar, passar a caneta, apagar, escolher as cores com cuidado e colorir tudo.

Foda-se as criancinhas, meu desenho estava arruinado e irrecuperável.
Não, borracha não resolve.
Não, eu não consigo fazer dois desenhos iguais.
Bem, talvez a magia de rejeição da Inoue Orihime que faz as coisas voltarem ao que era resolve.
Mas só isso também.

Meu dia estava arruinado.

Corri e salvei outros três que ainda sobreviveram. tirei-os de lá e trouxe pro meu guarda-roupa.
Pensei que poderia me recuperar e até perdoar o filho de uma égua  "anjinho" que fez aquilo.

Eu sou tão inocente.
Me engano tão fácil.