Lendas, Tradições e Costumes


  • Vejam o Glossário para os nomes desconhecidos ;)
  • Tomem cuidado, pode haver spoilers!
  • Esta seção estará sempre em atualização. Caso queira dar uma sugestão, use o formulário de contato ali do lado :D


Raython

Contagem do tempo

O dia geralmente amanhecia pelas seis horas da manhã, usando nossos termos.
Assim, virava-se a ampulheta, marcando o início do dia.
Às sete horas, virava-se novamente, e essa era chamada a primeira volta ou primeira virada.
Oito horas, segunda virada.
Nove, terceira.
Assim, contava-se até a décima segunda virada do dia, e começavam-se as seis viradas da noite.
O dia era dividido em quatro quartos, dois pela manhã, dois pela tarde. E havia os dois quartos da noite.
Pouco se referia ao horário entre meia-noite e seis da manhã. Era a hora de outras pessoas trabalharem, e elas tinham seus próprios meios de medir tempo.

Nos impérios mágicos também não havia o conceito de um novo dia começar à meia-noite. Aliás, nem existia meia-noite. O dia começava às seis e terminava às seis seguinte. Confusão de horários e atrasos eram comuns, mas no fundo, ninguém se importava muito com isso.


Origem dos Magos Elementais

A origem exata remonta a acontecimentos relativos à Primeira Queda de Thalion, que ocorreu numa época em que elfos eram tão numerosos quanto humanos e os dragões tomavam conta de toda a área de Draak.
Tais acontecimentos são extensos demais para ser narrados neste espaço, e com o tempo e o sigilo pela parte dos elfos deturpou toda a história, dando espaço para as lendas.
A mais difundida e aceita conta que antes de seu exílio, Thalion anunciou seu retorno. E até que tal dia aconteça, deixaria cinco sacerdotes para cuidar de seu território. Cada um deles herdaria uma afinidade para magia, e passaria a seus descendentes, exceto aquelas do Vento. As particularidades de cada criança seriam uma marca no corpo, e o fato de que todas seriam humanas, ou meio-humanas (vide Lílian Thrower).
Não há justificativa para que todos os magos do Vento serem mulheres. Porém, há uma justificativa para que seus dons não sejam hereditários: O vento se espalha. Assim, cada criança deveria nascer em um lugar diferente, de famílias diferentes. Porque o vento deve soprar em todo lugar.

A rivalidade entre Magos do Fogo e do Raio

Contém spoilers leves.
Tal rivalidade iniciou-se ainda na Primeira Era, devido aos desentendimentos entre Phyreon Thrower e Lyonnel Watari durante o treinamento com Mestre Zephirus.
Por costume, a rixa foi passada como herança para todos os magos do fogo, enquanto Phyreon retribuía as faíscas com mais faíscas...
Nunca houve uma guerra declarada pela distância descomunal que separa os dois impérios (e sem falar que há Ethernia no meio do caminho, e a alternativa é o deserto). Geralmente os Magos batalhavam entre si isoladamente, e nenhuma destas foi fatal.
A única tentativa de reconciliação se eu quando Phyreon e Phoenix Watari perceberam que aquilo nunca ia acabar e resolveram colocar os filhos para conversar. O que não deu muito certo, pois Elektra sempre teve um pavio curto e Housenka sempre foi exageradamente galanteador. As coisas acabaram com um beijo roubado (por Housenka) dois dentes quebrados em seguida e uma amizade estranha e distante entre os dois.
Incrivelmente, a partir daí a rivalidade quase se extinguiu, e a posterior união entre as famílias ajudou nisso.


Vihrëa

Casamento élfico

O casamento élfico acontece na Casa de Registro (vide mapa) e quem realiza é Mestre Ivrin (vide Glossário). Não há muitos casamentos em Elven, geralmente não passa de dez a cada cem ou duzentos anos.
Na cerimônia, o casal corta o dedo anelar, um risco horizontal rente à base do dedo. Ele corta o anelar esquerdo (ou o direito, se for canhoto) e ela, corta o anelar direito (ou o esquerdo, se ele for canhoto). E eles ficam de mãos dadas e atadas com um laço de seda branca. Eles só podem soltar o laço quando a seda ficar completamente vermelha do sangue dos dois.
O sangue misturado jamais se separa, assim dizem eles.
O corte deixa uma cicatriz fina, mas visível. Uma marca eterna.
E, claro, há uma farta festa enquanto o sangue se mistura.

As viúvas não se casam de novo. Elas fizeram um voto. E elas cumprem. A maioria se mata quando os maridos se vão, mas algumas ainda ficam pelos filhos.


Ritos funerários

Por Phyreon Thrower
"Quando um elfo morre, Ivrin em pessoa vai lá e crema o corpo do defunto. Deposita as cinzas numa urna bonitinha e entrega para a mãe ou esposa ou filha, ou qualquer mulher que seja parente dele. Esta elfa recebe também uma semente.
Daí, ela pega as cinzas e a semente, escolhe um canto qualquer e planta tudo junto. Eles dizem que a força vital que aquele elfo tinha passa para a semente (?) e ela se tornará o exemplar mas lindo e forte e grande e viçoso e tudo mais de sua espécie.
Bem, não costumo acreditar nessas coisas, mas eu vi as árvores de alguns defuntos, e… a maior sequoia que eu já vi na minha existência era aquela que eles plantaram junto com as cinzas de Zephirus. Ela deve estar lá até hoje. A maldita era gigante, e parecia… ela era estranha.
Não entrarei em detalhes."

A Profecia de Thalion

Por conter spoilers de Maldição, este verbete será preenchido quando o livro for lançado. ;)





Ethernia

Ritos funerários

Os ritos duram cerca de três dias. A senhora mais idosa da rua, ou bairro, é a responsável por limpar e perfumar o corpo, e também conduzia as orações.
Todos os dias, um grupo de pessoas diferente orava pela alma, enquanto embalsamava o corpo. Este grupo nunca passava de cinco pessoas, dentre homens e mulheres, familiares e não-familiares.
Após todo o processo, o corpo era sepultado no cemitério, e os parentes geralmente faziam uma vigília de dois dias.


Yûk

Espécie antiga, que habitava as florestas de Raython em harmonia com os elfos. Foram dizimados durante a Primeira Queda de Thalion, e forçados a fugir para as terras que formaram Ethernia séculos mais tarde. Diz-se que eram humanoides, com traços felinos e sentidos aguçados, além de força e velocidade incríveis. Os remanescentes misturaram-se aos humanos e a cada geração perdiam mais seus traços originais. Com os séculos, a mescla de humanos e Yûk tornou-se imperceptível, excetuando-se casos raros em que membros de alguns clãs – principalmente os Asuka – demonstravam força e agilidade superior. Por casos raros assim, formou-se a lenda de que os Asuka eram pactuados com forças malignas. A maioria dos elfos conhece sobre os Yûk, mas apenas citam nas histórias.


Os lobos da Floresta de Niskier

Foi um dos tantos casos que envolvem espiritualistas e magias que dão errado. Ocorreu durante os primeiros duzentos anos do reinado de Lothus Thrower, quando um Raymond Niskier utilizou sua magia para selar duas entidades em determinada pedra.
Temendo que seus familiares pudessem libertar tais entidades por engano, Raymond ocultou-a e amaldiçoou uma matilha de lobos para protegê-la.
As coisas começaram a dar errado aí. Raymond recitou uma palavra errada no feitiço. Assim, fez com que nem a morte dos lobos os impedisse de cumprir sua missão. E assim eles permaneceram nos morros Lupi por toda a eternidade. O mais interessante era que eles se transformaram num misto de espírito e corpo: visíveis para todos - independente da Layer - com autonomia para ferir e matar seres físicos e ainda imortais.
Raymond morreu sem saber o que havia causado, e mesmo com todas as mortes posteriores, Lothus nunca se preocupou em quebrar a maldição.