Azphelumbra!
Bem, Estou devendo sei lá quantos capítulos de Leaden Chronicles né? É.
Então, vocês podem ler esta nota aqui que diz sobre o hiatus e talz. Sinto muito mesmo por não postar. Vou ver o que sai nos próximos meses...
Antes do capítulo de hoje, uma pequena recapitulação dos fatos (porque até eu já esqueci xD)
Vincent e Nicholas Heisenberg são mercenários. Assim, mesmo com a pouca idade, eles tem que enfrentar o que for necessário. Cada novo contrato é uma diversão especial para eles...
Agora, os dois foram convocados para passarem uns tempos na casa dos parentes da mãe de Vincent, Liz.
Mas as coisas não parecem bem por lá.
E lá em cima tem a lista de capítulos =D
E em breve, a capa e informações a mais. E upload na Bookess. =D
F I F T H
B U L L E T
C4
Durante todo o tempo em que Vincent e Nick seguiram Icaro em seus
galgers, eles não trocaram uma palavra sequer.
A expressão preocupada
de Icaro disse tudo. Hora de deixar as rivalidades de lado e mostrar serviço.
Eles corriam pelos
campos verdes de Shallvy. Pastagens planas, quase sem árvores e sem morros.
Provavelmente aquelas ainda eram terras dos Lewis, mas Vincent não tinha
certeza disso.
Encontraram Oswald
Lewis instantes antes que ele levasse um golpe mortal desferido pelas garras de
uma quimera gigante.
Vincent acertou o olho
da coisa com maestria, de longe. Com isso a besta se voltou pra ele, só para
levar mais cinco tiros no crânio deformado, e cair no chão, inerte, sangrando
algo negro e viscoso.
Mas Icaro não voltaria
para trazer Vincent e Nicholas se houvesse só aquele monstro.
Muitos corpos
repousavam no chão, destroçados. Mas havia o dobro de corpos em pé, procurando
algo para comer, o que no momento se reduzia a Oswald.
Por algum tipo de
feitiço, eles estavam presos numa delimitação invisível, impedidos de escapar
para a cidade.
Ícaro desceu de seu
galger e foi acudir o pai, que estava de joelhos e cuspindo muito sangue. O
braço direito tinha uma fratura exposta e seus cabelos cor de mel agora estavam
rubros e grudados à cabeça. Os dois Heisenberg cuidavam das criaturas.
Depois de gastar vinte
e quatro balas de calibre quarenta e cinco e não notar diferença, Vince olhou
Nick.
— Nicholas, tem C4 aí?
— Que, Vince?! Vamos
morrer, filho da mãe! – Nick gritou por cima do rugido de uma fera.
— Tem ou não? Que
diabos, nós não vamos dar conta disso! – Vincent tirou sua katana da bainha
para defender um ataque direto.
— Tenho sim! Me dá
cobertura aí!
Nick deu outro tiro com
sua Lupara e correu para trás de Vincent. Dali pôde ver Icaro tirando seu pai
do recinto. Era o certo a fazer, já que aquela barreira não pararia destroços.
Vincent ainda levou uns
arranhões. Não era possível, aquelas coisas se multiplicavam espontaneamente ou
o que? Pra cada uma que Vince derrubava, avançavam três novas.
— Pronto, Vince. Trinta
segundos!
Quando Nick disse
“trinta”, Vincent disparou a correr até seu galger; Nick fez o mesmo.
Ícaro compreendeu o que
a retirada significava, e rapidamente fez o mesmo que os Heisenberg: fugiu.
Em trinta segundos o
explosivo funcionou, lançando pedras e destroços em geral para tudo num raio de
duzentos metros. Vince e Nick levaram umas pedradas, nada grave.
Depois de vários
metros, Icaro parou.
— A gente tem que dar
um jeito no meu pai, merda! Ele não vai aguentar... – Icaro descia-o do galger.
Vincent nunca vira
Icaro assim. Nem seu tio. Nunca vira o primo preocupado, tenso, sem seu sorriso
sarcástico, sem suas piadas. E nunca vira Oswald Lewis tão... Surrado.
— O que podemos fazer?
– Vincent colocou uma mecha de cabelo vermelho atrás da orelha, se ajoelhando
ao lado de seu tio, deitado no chão e ofegante.
Vincent viu uma luz
tênue e verde nas mãos de seu primo Icaro. Ele as levou até um dos maiores
ferimentos de seu pai.
— Nick pode tentar
voltar o braço dele pro lugar, estancar alguns cortes... você pode me ajudar
com as curas, Vince.
Vincent mordeu o lábio
inferior com força.
— Eu... não despertei
ainda, Icaro. – Vincent olhou para outro lado, temendo a reação de Icaro, que
foi justamente a que previra.
— Como assim, Vincent?!
Você é mago dos dois lados, desgraçado! – ele vociferou.
— E você acha que eu
não me importo com isso?! – Vincent gritou no mesmo tom que Icaro.
— Dá pra vocês dois
calarem a boca? O cara aqui ainda tá morrendo! – Nick se pronunciou, sério.
Outra coisa que Vincent
nunca vira na vida. Nick sério.
O filho de John
Heisenberg foi ajudar Nick a estancar alguns dos vários ferimentos de Oswald,
que ainda estava desmaiado.
Vince e Icaro não se
falaram, Nick começou a indagar, depois de vários minutos:
— Ei, havia uma
barreira mágica lá. Por que...
— Eu não peguei meu pai
e fugi antes? Porque a barreira ia sumir se o conjurador saísse de dentro dela.
E assim foi. Quando eu tirei meu pai de lá a barreira sumiu, mas sua bombinha
levou todos eles pro inferno, junto com o portal. – Icaro disse, solene.
— Portal? – Nick ergueu
as sobrancelhas.
— É, portal. Por isso
tinha tantos. Todo dia abre portal novo, e nós estamos cuidando disso muito
bem.
— Até sair do controle
dos Lewis, né? – Vincent se pronunciou. – Por isso minha mãe mandou a gente. Vocês
não estão dando conta mais.
Icaro relutou, mas
assentiu.
— É. Primeiro o Aryon,
agora o pai.
— O que houve com
Aryon? – Vince soou cortante e preocupado.
— Ele tá na cidade.
Mais precisamente no hospital da cidade. Acabou mais ou menos que nem ele. –
apontou seu pai caído. – As gêmeas vão lá todo dia remendar um pedaço, e eu e
pai ficávamos na fazenda olhando as criaturas.
Vincent imediatamente
se lembrou de uma coisa. Perguntou, medindo as palavras:
— Há quantos portais
abertos ainda? Vincent encarou os olhos
cinzentos de Icaro, que devolveu com a mesma intensidade o olhar, e disse no
mesmo tom:
— Eu-não-sei. Perdemos
a conta há uns dias.
— Droga, Icaro! –
Vincent se levantou num pulo.
— O que foi, cara? –
ele estranhou a atitude do primo.
— A Amanda está na
casa, só isso.
— E aí? – Icaro
realmente não se importava.
— Aí é que ela não sabe
atirar. – Vincent foi até seu galger e o montou. – Não tem uma arma e – ele
olhou friamente para Icaro – Eu a amo o suficiente para nunca me perdoar se
algo acontecer.
Vincent deu um galope
em seu galger e em segundos sumiu da vista deles.
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Está curtinho, eu sei. Eu seeeeeeeeeeeeeeeeeei. ¬¬ Não me matem. Mas só mês que vem agora.
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