Leaden Chronicles é um monte de contos meus ( e só meus, Phyreon não tem parte neles. u.ú) que são publicados mensalmente aqui. =D
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H I R D B U L L E T
Para
Shallvy
—
Hmmm... Que acha de um colar de pérolas, hã? Ela vai amar, com certeza. – Liz
sorriu.
—
É, pode ser... Delicado como ela. – Vince sorriu de volta.
Elizabeth
Lewis é mais conhecida por Liz. Possui certa idade que julga não ser
importante, cabelos longos, da cor do mais puro mel, que desciam em uma cascata
de ondas por suas costas. Um rosto jovem e lindo, olhos cinzentos que mais
pareciam cristais. Seu corpo era perfeito, escultural, mesmo depois de seu
filho. Seios muito fartos e cintura fina. Vince julgava a sua mãe como a mãe
mais linda do mundo.
Mas
não era só de beleza que Liz era constituída. Uma ótima formação samurai
também.
Por
causa dela que Vincent sabia manusear muito bem uma katana.
Estavam
na biblioteca do castelo elaborando um presente para Amanda.
—...
Aí você completa com um par de brincos e aí a chama para um jantar, aí se declara!
– Liz abriu mais o sorriso. Estava realmente empolgada com o filhote
apaixonado. – Ah! E diga a ela que só vai aceitar se ela for com as jóias.
—
Mas mãe... Acho que... Bem... – Vince parecia desconcertado – a mãe dela não
vai deixá-la sair comigo e também... Acho que ela não tem um vestido apropriado
para um jantar num lugar caro, como a senhora está imaginando aí. – ele
completou, franzindo o cenho.
—
Hm... – Liz ponderou. – Bem, então compre tudo! Jóias, vestido, sapatos... E a faça usar. Pronto. E quanto à mãe
dela... Acho que ela não é estúpida a ponto de não deixar a filha sair com um Heisenberg.
Vincent deu de ombros.
—
De qualquer jeito, vocês não vão sair ainda. – Liz olhou ternamente para seu
filho.
—
Não? – Vince pareceu assustado.
A
porta da biblioteca se abriu num estrondo, e então um furacão também conhecido
como Alice Heisenberg entrou correndo, com um lagarto nas mãos. Ria alto, se
divertindo muito.
Logo
atrás, o irmão mais velho dela vinha, com uma expressão que mesclava fúria e
agonia.
—
DEVOLVE O HAROLDOOOOOOO – Nick chorava, correndo atrás da menina.
Depois,
Amanda apareceu na porta, arfando.
—
Alice! Por favor... Pare... Um... – a voz dela sumiu. As bochechas estavam
muito vermelhas, parecia que havia corrido o castelo todo.
Liz
olhou toda a desordem, pegou a Ruger de seu filho e atirou no teto, abrindo um
rombo pela bala de grosso calibre.
Todos
pararam onde estavam; mudos. Liz atirando era o fim do mundo. Ela nunca tocava
em armas, nem sabia atirar.
—
Mas que zona é essa?! Alice! – a tia gritou, e a sobrinha olhou-a, com seus
olhões azuis saltados.
Alice
era uma mini Marie-Claire. Pele rosada, olhos enormes, cabelo vermelho e preso
em Maria-chiquinhas. Tinha cerca de cinco anos e estava assustada com o grito
da tia samurai.
—
Que foi, tia? – ela disse, ainda segurando Haroldo com as duas mãos.
—
Devolve o Haroldo, anda! – Liz disse, firme. Alice obedeceu prontamente e saiu
correndo da biblioteca, como se fosse procurar algo legal pra aprontar. A
brincadeira com Haroldo fora estragada...
Amanda
ficou mais vermelha ainda, abaixou a cabeça e disse:
—
Desculpe, Sra. Lewis. Ela corre muito. Mil perdões mesmo. – ela ia se
retirando, envergonhada. Deveria cuidar melhor da pestinha.
—
Amanda, espere aí. – Liz disse, num tom bem mais amigável, e ela parou.
—
Sim?
—
Primeiro, não é culpa sua, nunca foi e nunca será. Nós conhecemos o gênio da
Alice, e você vai pro céu só por suportá-la. E segundo, eu quero que vão vocês
três a Shallvy.
Vince
olhou a mãe, que ainda estava com a Ruger nas mãos.
Nick
parou um doce beijo em seu dragão-de-comodo.
Amy
deixou o queixo cair.
—
Shallvy, mãe?! Tio Oswald? – Vince disse, assustado.
—
AS GÊMEAS DOIDAS NÃÃÃÃO!!! – Nick gritou, em agonia; parecia que estavam
torturando Haroldo, algo assim.
—
Senhora Lewis, eu também?! – Amy não sabia se ria ou se chorava.
Liz
continuou, impassível:
—
Sim, vocês três. Vince, eu quero que vá ver seu tio, estão acontecendo umas
coisas estranhas lá. Nick, eu quero que você vá pra se livrar da sua irmã. E
Amanda, você já viu o mar?
Amy
corou mais um pouco e encarou os sapatos.
—
Não, senhora...
—
Estão está decidido. – Liz sorriu.
—
Mas Sra. Lewis, a minha mãe, ela... Não vai deixar, nunca. – Amy disse, amuada.
—
Mas é claro que vai! E além disso, são ordens. Você vai, hm.... – Liz pôs um
dedo no queixo, pensando. – vigiar esses dois. Acho que eles não se dão muito
bem com os parentes meus.
—
Aquelas gêmeas e aquele povo da rosa azul não
é parente meu! – Nick disse, apontando um dedo para a tia.
—
Não quero saber, Nicholas. Vão os três antes que o Johnnie arrume algo pra
vocês fazerem. – Liz devolveu a arma para o filho e se levantou. Seu vestido
azul era perfeito.
—
Mas... – Amanda começou. – quem vai olhar a Alice?
Liz
parou.
—
Ela tem mãe, não tem? Marie-Claire se vire. Ela tem que passar algum tempo com
seus filhos. – Liz respondeu e saiu da biblioteca.
—
Ai ai ai ai ai. – Nick começou. – eu sinto que isso não vai prestar. Nunca
presta. Da última vez que você foi lá você quase perdeu um braço, Vince! – ele
abriu os dois braços; Haroldo pairava em seus ombros.
Um
pedaço do teto caiu em cima de Vincent, e Amy foi correndo acudi-lo.
—
Own, cacete... – Vince tirava as pedras da cabeça, e logo Amy o ajudou.
—
Tá bem? – ela perguntou docemente.
—
Tô sim, Amy. Pedrinhas não me fazem mal. – Vince sorriu.
—
Erhm... – Nick tirou Haroldo dos ombros e o olhou. – melhor arrumar as malas, Haroldinho.
– e saiu correndo do recinto, deixando os dois sozinhos.
Eles
pareceram não notar o sumiço de Nick.
—
Apesar das gêmeas e do chato do Icaro, Shallvy é legal, Amy. As praias são
lindas mesmo. Vou te levar em umas. Melhor comprar um biquíni. – Vince disse,
alegre.
Amy
ficou da cor do cabelo de Vincent ao ser mencionado um biquíni.
—
Não pode ser um maiô não, Vincent? – ela tirou as últimas pedrinhas do cabelo
dele.
—
Nããão... Maiôs são para velhas gordas e criancinhas. Se você não comprar um
biquíni, eu compro um minúsculo pra você. – Vincent sorriu maliciosamente.
—
O que?! – Amanda se afastou, com as mãos na cintura. – não me lembro de você
ser tão pervertido assim, Vince! – exclamou, ainda vermelha.
—
Meu pai, culpa dele. Diz a mãe que ele era um tarado. – Vince abriu um sorriso
cínico.
—
Humph! – Amanda bufou e saiu da sala, assim que um homem entrou. Ela parou para
o cumprimentar, e ele respondeu educadamente. Depois ele entrou e ela saiu,
ainda estarrecida.
—
Hey, Vince! Como vai? – ele andou até o
sofá e se sentou na frente de Vincent, com um cigarro fumaçante na boca.
—
Oi vovô, tudo bem com o senhor? – Vince disse alegremente.
—
Não, Vincent. Vovô não, eu já disse.
Ou só vô, ou Abe, ou Abraham, ou tio
Abe. Mas vovô não. Qual foi a coisa do biquíni ali? – ele apontou com o polegar
enrugado para a porta.
—
Pra um velho acabado, até que você ouve bem, velho Abe. – Vince chegou pra
frente.
—
Assim que se conversa, feito homem. Vamos,
me explique isso aí. Não me diga que você come a empregada por aí, vai... –
Abraham soltou fumaça pelas narinas, divertido.
Vincent
riu. Seu avô Abraham era hilário, apesar da carranca da idade, as rugas e tudo
mais. Ele tinha cabelo curto e espetado, igual o de John, mas mesclado entre
cinza, vermelho e branco. Barba cerrada, mesma cor. Uma pesada jaqueta de couro
e suas armas. Olhos azuis que já viram absolutamente tudo.
—
Não, Abe, por favor. – Vince levantou um dedo – Por enquanto. – acrescentou.
—
Assim é que se fala, pivete. Honre a raça e me dê meia dúzia de bisnetos, hã?
Não faça como seu pai.
—
Mas foi a mãe que não quis mais filhos. – Vincent abaixou os ombros.
—
Ah, é. E não se case com uma samurai dos Lewis. – Abraham soltou mais fumaça. –
vocês vão pra Shallvy, não é? Tomem
cuidado, só isso.
—
O que tem lá? – Vince reparou na mudança de tom do avô.
— Não sei, só ouvi
boatos. Bestas invocadas. Isso está o inferno. Na minha época nós matávamos gente e não bichos, demônios, invocações
de magos. Ah! Nem dá gosto ser mercenário hoje em dia. – ele franziu o cenho. –
E tome cuidado com seus primos azuis. Tente não voltar fatiado que nem da outra
vez.
Vince riu. Tudo que era
relacionado aos Lewis tinha azul no meio.
— Pode deixar. Hoje
mesmo dou uma olhada na minha katana. – Até mais, velho. – Vince se levantou,
tirando a poeira do teto de suas roupas, e guardando sua arma em seu coldre.
— Até, moleque. –
Abraham observou- sair, alegremente.
Depois apagou o cigarro
num dos numerosos cinzeiros.
Acendeu outro,
pensativo.
“Espero
que as coisas não estejam tão feias quanto Liz disse.”
– pensou com sua fumaça.
Uoooou *-*
ResponderExcluirLiz é um barato xD
Pobre Amy...
Não sei porque, mas tenho a sensação de que essa visita à família não vai prestar u.ú
Aguardo mais *-*
Beijooooo
PS: Recomendei um selo, confere lá no Teorias =P