Nota sobre minha ausência.



Azphelumbra.


Bem, devo explicações pelo meu repentino sumiço, eu sei.

Não expliquei nada sobre essas semanas que se passaram, estes vinte dias. Mas explicarei agora.
Foi assim: eu estava com Profecia lá, roteiro prontinho, todas as cenas elaboradas. Capítulo por capítulo, uma coisa linda. Mas aí… muita coisa foi amontoando de uma vez, e amontoando… o tempo que fiquei sem PC era para eu ter revisado Maldição, e atrasou tudo… todos meus planos para as férias foram sugados com aquele barulho horrendo no cooler da placa de vídeo.
Assim, quando o PC finalmente chegou, eu tive que repensar tudo. Então, revisei Maldição quase que às pressas, porque deveria acabar de escrever Profecia antes das aulas começarem, e estava devendo o e-book aos meus leitores.
Terminei a revisão de Maldição no final de Janeiro, e aí espalhei para vocês.
Então, eu vi que Profecia estava na metade e que um mês não seria suficiente. Não comigo enfiada no Twitter e no Facebook.
Deveria tomar uma decisão drástica.
Ignorar tudo e todos, me isolar e só escrever. Criar um desafio, algo que faria meu cérebro ferver e minha alma partir em dois se não fosse cumprido.
Assim, registrei lá no Facebook mesmo que deveria terminar de escrever o terceiro livro de Legend of Raython em trinta dias, contando daquela data, 31-01-12.
Neste primeiro dia eu me empolguei e escrevi vinte e cinco páginas. Mas daí pra lá alguns dias eu escrevia muito, noutros escrevia pouco. Mas não deixava de escrever nunca. O roteiro ajudou bastante nisso, e ter as cenas pensadas também, mas ainda havia algo errado naquela história.
O final não era propriamente feliz. Na verdade era brusco e quase sem explicações. Céus, aquilo estava me deixando sem dormir à noite.
Então notei que havia mais pontas soltas que podia imaginar, então beirei a loucura. Foi mais ou menos aí que eu e Pamella conversamos sobre isso embaixo de uma foto no Face, e eu resolvi reescrever o roteiro.
Inventei uma espécie de criatura nova.
Aumentei cinco capítulos.
Incluí quase todos os personagens da trilogia e selei os destinos deles.
E me senti mais leve… bem mais leve. O final me satisfez, mas ainda tenho pontinhas de dúvidas, que sanarei ao longo deste ano e com a ajuda de beta readers.
Assim, a web novela de Profecia está pronta, só vou acertar o português e postar. As demais mudanças que farei aparecerão apenas no livro em PDF, que distribuirei só quando acabarem as postagens no blog.
E isso, meus caros, fica para… 2013? No mínimo.
Então, esqueçam Profecia. Só vim explicar mesmo a ausência… Mas oras. As postagens de Profecia começam dia 29, então não precisam morrer de preocupação. ^^
E assim, eu termino a trilogia de Legend of Raython. Não “Termino” com T maiúsculo, ponto final e tal. Ainda falta mexer muito, mas eu não vou mais viajar nos momentos de minhas personagens preferidas enquanto lavo louça. Isso me deixa meio deprimida. =/
Ainda há spin-offs pra fazer. Há três databooks. Há a biografia de Phyreon. Mas ainda assim vou sentir falta de narrar aquilo tudo. E não vai ter muita coisa com meus filhos de Profecia, como Viktor, Sophia ou Raziel… e céus, eu os amo demais.
Cheguei a uma conclusão nesses dias deprimentes de acabar o escrito. Escrever é como uma gravidez. Ficamos lá, esperando aquela criança, imaginando-a, ansiando sua vinda… gestamos por meses, e então o dia do parto chega, e há o rompimento do cordão umbilical.
Há dor, muita dor… mas então você vê sua criança, ainda suja, mas sua criança linda. E a partir daí tem que deixá-la crescer e viver. E encantar outras pessoas, assim como te encantou enquanto você a gestava.
Sim, escrever é isso. E nossos filhos – nossos livros – ainda hão de encantar várias pessoas por aí. Ou não, já que não dá pra agradar a todo mundo.


Att.



0 comentários:

Postar um comentário