Bem, tive problemas com o blogger hoje, por isso só postei agora.
Era para ter postado na semana passada, mas duas provas surpresa acabaram comigo =/
Então... aí vai...
Resuminho:
Nick e Vince são mercenários da família Heisenberg. Eles foram mandados para Shallvy pela mãe de Vince, no intuito de tirar férias. Mas, como nada dá certo, chegando em Shallvy os dois descobrem qua as coisas não estão boas... Eles encontraram Oswald Lewis lutando contra bestas que nunca viram na vida... e deixaram Amy sozinha em casa. Ela teve que se virar para matar algumas dessas bestas sozinha, e foi salva no último instante por Vince...
Mas... e agora?
S
E V E N T H B U L L E T
Gêmeas
Vincent Heisenberg tomava decisões em
sua mente enquanto acariciava os cabelos louros de Amanda.
A noite já ia alta. Ainda não havia ninguém or lá,
mas Vince não sairia dali – nem com ela e muito menos sem ela.
Amanda não conseguia tirar as mãos da cintura do seu
salvador, por nada. Estavam em silêncio há quase uma hora.
— Amanda. – a voz de Vince saiu rouca.
— Hm?
— Sabe… as coisas não estão bem por aqui, como dá
pra ver.
— É.
— Você vai voltar pra Thanyto no primeiro trem de
amanhã. – a voz dele soou firme dessa vez.
— O que? – Amanda tirou a cabeça do ombro dele e o
olhou nos olhos. Ele estava muito sério, apesar do cabelo bagunçado e solto.
— isso mesmo. Aqui não é lugar pra você. Viu o que
houve. Há dezenas dessas coisas aqui e eu não quero você nisso.
Amanda nunca vira Vincent falar tão sério na vida.
— Mas Vincent, eu… eu… posso lutar.
Sim, podia. A prova estava bem ali, ela matara dois
deles. Com mais um pouco de treino, então… ela queria ficar. Ela tinha que ficar. Era algo além da sua
compreensão.
— Não, você não pode. – ele meneou a cabeça. – está
louca? Não sei como derrubou dois deles, Amy. E se eu não tivesse chegado? Você
não conseguiria matar dois juntos.
Um nó se formou na garganta dela. Ele tinha razão,
como sempre. Mas ela não queria ficar longe dele. Não de novo. Era doloroso.
— Mas… só… não sei, Vince! Me treine! Eu não quero
voltar, eu… não quero ficar longe de você. – ela mal acreditou que dissera
aquilo, e abaixou a cabeça, corando.
— Eu também não, mas é preciso. – ele pousou a mão
no rosto sujo dela. – Todos os Lewis sabem manejar uma espada e eu e Nick
atiramos. Só você-
— Já disse pra me treinar! – ela gritou.
— Não, Amanda! – ele tentou não gritar com ela, e
falhou. – você não tem que aprender essas coisas! Não você! Você vai pra casa e
acabou, é isso. E vai levar uma carta para a minha mãe.
— Eu não quero ir! – ela bradou, como uma menina
birrenta.
— Mas vai! É pro seu bem, Amanda! – então ele se
assustou pelo tom que estava usando com ela.
Ele já ia se desculpar e tentar explicar as coisas
melhor, fazê-la entender. Mas as portas da sala tremeram, fazendo Vincent se
levantar e se armar. Ele engatilhou uma bala e uma das portas caiu.
— Mas que merda
— É essa?
Duas figuras exatamente iguais apareceram,
provavelmente as donas das vozes (que também eram iguais). Tratavam-se de moças
do tamanho de Amanda, com cabelos lisos na raiz e enrolados em cachos definidos
nas pontas, cor de mel. O comprimento era igual, a franja era igual. Os rostos
eram iguais, e as expressões também. As roupas, os sapatos, tudo igual.
Menos uma coisa. Uma delas usava uma tiara azul
claro no cabelo, e na outra, a tiara era azul escuro. Seus olhos eram cristais
cinzentos, e ambas estavam com katanas iguais nas mãos.
Katanas cheias de sangue negro.
— Hey, é o Heisenberg. – disse a da tiara azul
claro.
— Mãe, pode vir! – disse a outra.
— Olá, ahm… – Vince abaixou a arma, tentando se
lembrar qual era a que usava fitas azul claro.
— Nicolle. Azul claro… Nicolle. Azul escuro, Serena.
Não aprendeu até hoje, seu estúpido? – ela disse rispidamente. – Nem precisamos
usar essas malditas fitas. Somos totalmente diferentes.
— E como. – ele soou sarcástico. – não venho aqui há
anos, caso não se lembre.
— Certo, dane-se isso. O que houve aqui? – Nicolle
adentrou a sala destruída.
— Céus. – uma mulher loura entrou acompanhada pela
menina da fita azul escuro, Serena. – Olá, Vincent… o que… houve? – ela olhou
de um lado a outro da sala.
Vincent resumiu tudo em poucas palavras, já
imaginando a reação daquelas gêmeas.
— Que inferno, Vince! Você largou meu pai lá! –
Nicolle explodiu, e com ela, a lâmpada de um abajur.
Vince mordeu o lábio inferior. Elas ainda eram
instáveis daquele jeito?
— Calma, filha… – Christina, vendo os cacos de vidro
se juntarem ao entulho da sala, tocou o ombro de Nicolle. Não era bom vê-las
irritadas. – Ele está com Icaro… e Nicholas.
— Grande coisa. – Serena bufou. – Vamos atrás deles,
agora.
— Ei, ei, ei. Não! vão me largar aqui com duas
civis? – Vince se manifestou.
As gêmeas se entreolharam.
— Só vou esperar – Nicolle
— Meia hora – Serena
Uma sempre completava a frase da outra, o que sempre
deu medo. Não só a estranhos.
Vince admitia que tinha medo delas. Admitia
publicamente.
Ter medo delas era sábio.
Assim que disseram, alguém derrubou a porta
quebrada, que Vincent havia encostado no lugar.
— WOW, QUE ZONA CARA! – Nick pôs as mãos na cabeça,
afundando os dedos nos cabelos vermelhos. – é, eu… vou pegar o velho lá. – ele
olhou as duas irmãs e saiu correndo.
Se Vince tinha medo delas, Nicholas tinha pavor.
— Nick cresceu, hã? – Serena observou, e olhou a
irmã significativamente.
— Com certeza. – as duas trocaram um sorriso
discreto.
— Melhor ajudar. – Vincent se levantou e saiu num
pulo.
Assim que ele passou pela porta, as duas olharam
Amanda. Tão de repente e tão sincronizadas que Amanda sentiu um arrepio.
— E você, matadora de besta? É a namorada de Vince?
– as duas disseram juntas.
— Não… – Amanda estava com mais medo delas que das
bestas que matou.
— Então é o que? – Serena a analisava. Não podia ver
muito através da camada de sangue negro que a cobria.
— Ahm… eu sou… enfermeira dos Heisenberg, e…
trabalho no castelo…
— Sei. – disse Serena, com pouco interesse. – só uma
menininha indefesa, então
— O que Vince viu em você? – Nicolle completou,
franzindo o cenho.
— Hein? – ela disse “menininha” como se Amanda
tivesse cinco anos de idade. Isso deixou-a indignada.
Nesse instante, Oswald surgiu carregado pelos
rapazes.
— Trabalho a fazer. – as gêmeas disseram juntas, e
correram para subir com o pai até seu quarto.
***
— Sua passagem.
— Vince…
— E a carta para mãe.
Amanda mordeu o lábio inferior. Queria chorar
infernalmente, mas algo lhe dizia para não fazer isso.
Estavam na estação, era madrugada ainda. Quando
Vince dissera “o primeiro trem”, ele não estava brincando.
Ela pegou os papeis com desânimo.
Vince viu aquela expressão e sua face descontraiu.
Suspirou profundamente e pôs as mãos nos ombros dela.
— Olha, Amy… me perdoe. Não fique com raiva de mim,
por favor. As coisas estão piões que pensei, e isso deixou de ser férias
amenas. Você corre perigo em Shallvy, e é a única que pode falar disso pra
minha mãe. Porque sem o Oswald, só sobramos nós, e nenhum adulto. E ninguém com
poder de fogo pode sair, é arriscado.
— Então só sobrou eu mesma.
— Isso. Por favor, Amy… – Vince a abraçou com força.
– eu me importo muito com você. Por isso tem que ir…
Amanda agarrou a jaqueta de couro dele com força.
— Entendi. – ela disse, a voz abafada.
Vince a soltou. Queria beijá-la, mas isso, isso sim seria seu fim. Teria que
fazê-lo um dia, mas não agora. não no meio de uma despedida.
Seria doloroso demais.
Ele se abaixou um pouco, e afastou a franja da testa
dela, beijando-a.
Amanda corou, e engoliu suas lágrimas.
Um sino soou, anunciando seu trem.
Ao menos era isso que ela pensava.
Um homem passou berrando, logo após o sino:
— Todos os trens foram cancelados! Atenção: Todos os
trens foram cancelados! Problemas nos trilhos na saída da cidade! Repito: Todos
os trens foram cancelados!
Vincent teve que ouvir duas vezes para ter certeza
do que o homem dizia.
Depois foi até ele.
— Filho, alguma coisa conseguiu arrancar cem metros
de trilho… não ei como. Todos os trilhos que saem da cidade estão destruídos, e
sabe do que mais? Ouvi falar que todos os navios e barcos ancorados nos portos
simplesmente afundaram. Alguém não quer que saiamos da cidade, ao que parece.
— Infernos. – Vince praguejou. – Previsão para
conserto?
— Não sei… no mínimo… seis meses.
***
Assim sendo, Vincent ainda foi até as docas procurar
algum barco, mas era verdade. Todos afundaram de modo anormal.
A determinação dele para tirar Amanda dali era tão
forte que ela começou a se perguntar se era saudável.
Vince foi até o campo de pouso dos zepelins. Mesmo
lá o proprietário disse que nenhum dos zepelins que saíram retornou. Isso há uma semana.
E saíram todos os zepelins.
Estavam ilhados na capital do distrito de Shallvy.
Vince poderia levá-la de galger, mas não podia
deixar Nick com as gêmeas e Icaro, e só eles.
E algo lhe dizia para não fazer isso.
Então voltaram para o campo de rosas azuis dos
Lewis.
Amanda e Vincent não trocaram palavra, e ela foi
procurar um lugar para ficar sozinha.
Estava na varanda atrás da cozinha, olhando rosas e
mais rosas.
— Olá matadora de besta. – ela ouviu a voz
duplicada. As gêmeas.
Amanda teve um arrepio e se virou.
— Ahm, oi. – ela olhou as duas meninas. Uma era o
reflexo da outra, sem espelho.
— Está aí triste… começou uma delas, Amanda não
sabia se era Nicolle ou Serena. A fita de seu cabelo era azul escuro.
— Só porque Vincent
— Quer tirar você daqui
— E você não quer ir?
Amanda olhou de uma para outra, aqueles dois pares
de olhos de cristal, como os de sua patroa Liz.
— Olha, isso não é da conta de vocês. – Amanda disse
rispidamente e passou por elas, voltando para a cozinha.
— Uma pena. – Serena continuou.
— Aham.
— Porque nós duas
— Podemos te ensinar
— A segurar uma Katana
— Igual a um Lewis.
Amanda parou na porta e deu um giro de cento e
oitenta graus.
— Sério isso? – perguntou.
— Claro que sim, matadora de besta. – disseram as
duas em coro.
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bem, eu preciso desenhar o povo de Leaden Chronicles né...
Nick *----* Gostei das gêmeas, mas mesmo lendo não consigo lembrar quem é quem... E elas me dão um pouquinho de medo também...
ResponderExcluiré complicado mesmo essa coisa mensal. =/ vou por tudo na bookess, depois.
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