Um
mês.
Fez
exatamente um mês que Chris encontrou aquela esfera de cristal, e deu vida a
seu filho, Luce.
E
agora ele estava forte, mais vivo do que nunca. Fazia absolutamente tudo que um
ser humano podia fazer, e tinha algumas coisas a mais.
Chris
enumerou-as.
1. Força. Luce podia
erguer sua estante de ferramentas, com todas elas dentro, e com apenas um
braço.
2. Velocidade. Chris
levou-o certo final de semana para correr num local longe demais da cidade, e
ele fez cem metros em dois segundos.
3. Raciocínio rápido. Luce
podia realizar cálculos complicados, derivações e integrações, com milésimos de
segundo, e precisão de infinitas casas decimais.
4. Aprendizagem. O
autômato absorvia todo tipo de informação e a usava sempre.
5. Evolução. A cada dia,
ele possuía uma funcionalidade nova. A última ainda assustava Chris.
— Está ficando mais
fácil, pai. – Luce disse, mas não era Luce.
Chris odiava isso.
O
autômato estava com sua pele, seus olhos de mel, seu cabelo. Os fios brancos, a
voz, tudo era igual. Um disfarce
perfeito. Mas Luce só podia desenvolver a pele de quem via.
—
Que bom, filho. – Chris tirou o chapéu, acabara de chegar do barbeiro. Estava
vinte anos mais novo, apesar de cansado. Sua criança lhe cansava.
—
Quer que eu prepare alguma coisa? – Luce perguntou, e se desfez da pele de seu
pai, voltando a ser o boneco de lata.
—
Sim, por favor. – Chris se sentou em sua cama, e tirou o casaco, e todas as
blusas. Seu cubículo era abafado demais, e se sentia sufocado. Mas o peito nu
não tirou esta sensação de sufoco.
Chris
sentia uma expectativa. Estava ansioso por algo que previu há algum tempo… a
perda do controle.
Luce
o obedecia prontamente, como um filho ao pai. Aliás, Luce era melhor que
qualquer criança. Nunca reclamava, e sempre falava com voz alegre. Quando
incorporava a pele de Chris, ele sorria sempre, e este achava estranha sua
feição sorrir.
Não
sorria há um mês.
Tentou
de tudo para esquecer seus problemas, mas eles o perseguiam. Foi em bares,
beber até esquecer o próprio nome, mas era reconhecido. Foi a bordéis gastar o
dinheiro que recebeu da Academia com cortesãs, mas elas o olhavam diferente.
Ficavam duas vezes mais animadas com o novo Christopher Fairmount, o cientista
do ano, do que com o fracassado dono da relojoaria velha que as visitava às
vezes.
Mais
de uma vez Chris se perguntou quais pecados cometeu para pagar todos de uma vez
só, assim.
Depois
se lembrou de que não acreditava em forças divinas. Não mesmo? E aquela esfera que convenientemente caiu dos céus e deu
vida a seu filho de metal? Seria o que? Sua ganância em se aproveitar daquele
presente celestial resultou nisso?
Pegou-se
pensando nisso de novo.
Essas malditas coisas
não existem. O que existe sou eu e meus erros. Fim.
—
Aqui está. – Luce trouxe ovos com bacon, o segundo café da manhã.
Chris
agradeceu e se alimentou ali mesmo. Suas mesas não tinham espaço para
refeições.
—
Ah, pai! Posso fazer outra coisa agora. – Luce disse alegremente assim que
Chris acabou de comer.
—
E o que seria? – ele se levantou, queria tomar um belo banho. Não se lembrava
dos verões em Rhenium Valley serem tão quentes.
—
Veja só.
Chris
olhou Luce, que estendeu os braços para frente. As palmas brilharam brancas por
um instante, e do nada algo começou a surgir, primeiro os pés, depois pernas. Tórax,
braços. Pescoço e cabeça. Em segundos lá estava um clone perfeito de Luce.
O
coração de Chris falhou uma batida.
—
Vê? Posso me reproduzir agora. Com o tempo posso acelerar o processo… e evoluir
mais.
—
Luce. – Chris se levantou e olhou o clone. – Como ele funciona? Você o
controla?
—
Sim. Ele pode fazer o que eu quiser.
—
Tomar outra pele?
—
Também.
—
Reproduzir?
—
Sim.
—
Pensar por conta própria?
—
Ainda não. São dependentes de ordens minhas, como eu era… antes de me dar um
coração, pai.
Chris
engoliu seco.
—
Luce, quero que pare. Pare de reproduzir, pare de evoluir. Tenho medo do que
possam fazer com você. – A preocupação era real. De um modo ou outro, Chris
amava sua criação. Luce foi mais trabalhoso de se fazer do que uma criança, e
para Chris, foi mais prazeroso.
—
Por quê? Posso me defender também.
—
Não… se eles souberem o que você pode fazer, meu filho – Chris o virou, e fitou
seus olhos de vidro – eles vão abrir você, desmontá-lo… vão me obrigar a dizer
coisas que não quero, e vão tirar seu coração. Por favor…
—
Não posso parar, pai. É involuntário agora. Meu caminho é evoluir, e
ultrapassar os humanos.
—
Não, Luce. Não pode fazer isso. Vamos, desligue-se.
—
Não posso mais.
— O que? – Chris apertou as mãos
nos ombros de metal.
—
Não posso me desligar mais. E pai, você não vai me impedir de evoluir. Entenda,
eu preciso disso.
—
Você não precisa. E você vai se desligar, querendo ou não. – Chris conhecia seu
autômato como a palma de sua mão, e instalou mais de um sistema de
desligamento.
Tocou
Luce no pescoço, pressionando o botão.
Nada
aconteceu.
—
Eu disse que não posso me desligar mais, pai. Só removendo meu coração.
Chris
ainda estava paralisado quando ouviu as palavras finais dele.
—
E você me decepcionou, pai. Não achava que logo
você seria contra minha evolução. Só me perdoe.
Chris
não teve tempo para correr, para se mexer, para fazer nada. Viu Luce erguer um
braço, e no segundo seguinte, viu a escuridão.
●●●
Luce
saiu da loja com a pele de Chris. Nunca saiu daquele lugar, e queria primeiro
conhecer aqueles humanos. Leu muito sobre eles, e pensava que os conhecia bem.
Sentiu-se
um pouco ressentido por ter desmaiado seu pai. Apesar do sangue do corte, Luce
sabia que ele acordaria em algumas horas, e que ficaria bem. Realmente ficaria
bem sem ele? Luce queria fazer algo por seu pai, e faria… mas ele de repente
ficou estranho. Aliás, ele nunca sorria…
Queria
que ele sorrisse.
Pensou
que Chris fosse sorrir quando mostrasse o que podia fazer. Tomar a pele de
outras pessoas, se reproduzir. Ele queria que se multiplicasse, não era? Então
porque de repente isso?
Luce
dobrou uma esquina e algumas pessoas o cumprimentaram, como se eles o
conhecessem há anos. Ele respondeu com sorrisos discretos e continuou a andar.
Não sabia bem o que deveria fazer, seu pai nunca lhe disse.
Sabia
que Chris era famoso por sua causa, viu os jornais. Então, deveria trocar a
pele novamente, para alguém menos conhecido. Não queria chamar a atenção.
Entrou
em um beco e depois em mais um, procurando por rostos comuns. Sentiu-se perdido
por poucos segundos, até calibrar seu senso de direção. Depois seus olhos
captaram o calor que uma pessoa emitia, deitada no chão ali perto.
Um
homem maltrapilho dormia sobre sacos velhos de pano, tranquilamente. Luce parou
perto dele e se fez alguns questionamentos. Como
e por que eram comuns. Como foi parar
ali, por que tinha roupas tão ruins, por que estava ali…
Notou
que se ninguém se importava com aquele homem, poderia tomar sua forma sem
problemas. E a tomou.
Deu
a volta no beco e seus ouvidos apurados captaram ruídos estranhos. Era uma voz
humana do sexo feminino, e algumas vozes masculinas também. Virou a esquina e
viu dois homens estranhamente próximos de uma moça.
Luce
pretendia passar por eles se não tivesse visto algo.
Sangue.
Os
homens machucavam aquela garota, e seu princípio moral não permitia que
deixasse isso passar despercebido.
Pegou
um dos homens pelo ombro, e ele virou, praguejando. Era alto e forte, e usava
roupas alinhadas e finas.
—
O que foi, mendigo? Deixe-me em paz aqui! – empurrou Luce, mas ele não se
mexeu.
—
Não ouviu? – o outro largou a garota, que caiu chorando no chão. – desapareça!
– e ergueu o punho. Em seguida esmurrou Luce no rosto. Logo gemeu de dor. – Hey! O que é isso? Você é de ferro por
acaso? – ele olhou os dedos deslocados.
—
Deixem a moça ir. – Luce pediu, e eles riram.
—
Quando acabarmos deixamos pra você, o que acha? Por enquanto é nossa. E não
ligue, é só uma vadia. Só não queremos pagar.
Luce
não entendeu muito, mas pediu novamente.
—
Não, deixem-na…
—
Não, cara. É surdo? Desapareça. – O primeiro que conversou com ele disse.
—
Não devo. Meu pai disse que não devo. – Luce ergueu uma mão e esmurrou-o. O
barulho de ossos partindo se fez audível, e sangue manchou sua mão disfarçada.
—
Você não é humano! – o outro
berrou ao ver o crânio partido. Tentou correr, mas Luce o seguiu, e o acertou
do mesmo modo, esmagando seu crânio facilmente.
Voltou
calmamente e se ajoelhou ao lado da garota, agora encolhida ao lado do cadáver,
e suja de sangue.
—
Está bem? – ele perguntou calmamente com a voz disfarçada, grossa.
Ela
mal o olhou. Olhos azuis vidrados, lágrimas escorrendo. Os cabelos louros
enlameados. Tremia involuntariamente, desesperada.
—
Não… não me mate… – ela sussurrou. – faço qualquer coisa, não…
—
Não vou te matar…
—
Vá, vá embora… por favor… – ela soluçou e enterrou o rosto entre os joelhos,
chorando.
—
Mas eu lhe salvei…
—
Você os matou com um soco! Isso te faz diferente deles? – ela disse ainda com o
rosto escondido. – Vá embora!
Luce
se levantou, e saiu.
Sabendo
bem o que fazer dali em diante.
●●●
Chris acordou com uma dor fortíssima na cabeça. Ergueu-se apoiando na mesa. Sua testa
ardia, e a mão que levou até ela voltou suja de sangue.
Em
um instante se lembrou de Luce e de tudo. Procurou pelo cômodo e pela loja, e
ele não estava lá.
Já
era tarde, quase cinco horas. Engoliu seco. Não deveria ter dormido tanto
assim.
Pegou
sua camisa e vestiu-a de qualquer modo. Seria impossível encontrar Luce, com
ele se disfarçando de qualquer pessoa.
Saiu
da loja e não a trancou, na esperança de que ele voltasse. Andou pelo centro
todo, que já se recolhia. Passou por vários pontos da cidade e não viu nada
suspeito. Retornou à loja, saiu de novo ao vê-la vazia.
Desespero. O dia que tanto temeu,
o dia em que perderia o controle de sua criação finalmente chegou. Sabia que
aconteceria, então por que estava tão desesperado? Por que não sabia o que
fazer?
Parou
para olhar em qual rua estava. Lembrava-se dela, era a rua onde o professor
Rutherford morava. Estava de frente para o sobrado dele.
Atravessou
a rua e o jardim. Subiu as escadas, bateu à porta.
Em
instantes o professor abriu.
—
Chris? Muito tempo, não? E esse ferimento? Entre, por favor. – ele abriu a
porta até o canto e praticamente o puxou par dentro.
A
sala era espaçosa, coberta por estantes de livros. Livros de todo tipo e
tamanho, de fábulas a ensaios. Havia uma lareira apagada em um canto. Tudo
limpo e bem organizado. Chris sabia que a bagunça dele estava no andar de cima.
E era uma bagunça notável.
Ele
se jogou numa das poltronas e quando abriu a boca para falar, seus lábios
tremeram. Ficou assim por algum tempo até notar uma xícara de café fumegando em
sua frente. Pegou-a.
—
Conte quando quiser. Sua camisa está imunda, vou ver se tenho algo que te
sirva. – ele saiu de novo.
Rutherford
voltou e trouxe uma toalha úmida e uma camisa limpa. Chris limpou o sangue do
rosto enquanto narrava.
—
Luce.
—
Sim?
—
Ele fugiu. Ele… evoluiu demais, e eu…
pedi que parasse. Ele disse que não podia fazer isso, não podia parar de
evoluir, e que deveria passar os humanos. Então pedi que se desligasse, e ele
disse que também não podia! Eu tentei desligá-lo, tentei… mas nada… então ele
me golpeou, e só acordei há pouco tempo, e ele não estava mais lá. – Chris
concluiu, inquieto.
Rutherford
ponderou tudo calmamente.
—
Há como acharmos ele, Chris, não se-
—
Não. Não há. Alex, ele se tornou… vou te contar do princípio. – ele suspirou. –
Há um mês. Exato um mês eu estava na margem do Ruby cogitando suicídio pela
milésima vez na minha vida. Então do nada caiu um meteorito na minha frente e
quando eu fui ver a cratera, estava lá uma esfera de cristal. Peguei-a para
vender, mas notei que ela ressonava quando perto de Luce. Então a instalei no
autômato e ele ligou.
A
expressão do professor não mudou. Séria, sábia, julgando as informações dadas.
—
Ligou, e depois veio tudo isso. Aquela maldita esfera o fez evoluir a esse
ponto. Luce pode copiar a pele de alguém, a voz, tudo com precisão, e claro que
ele fez isso para se camuflar. E eu não posso encontrá-lo mais…
Chris
abaixou a cabeça, passando as mãos pelos cabelos curtos.
—
Tudo isso é culpa minha, tudo! Por
que eu quis criar uma criança de metal, pra começar? Eu podia ter uma de carne
e osso, como todo mundo tem. Eu deveria ter estudado com o dinheiro do velho,
eu…
—
Isso já se foi, Christopher. Amargurar suas escolhas não vai mudar seu destino.
– Rutherford disse sem sentimento na voz.
—
Mas agora… ele pode se reproduzir… e eu não sei o que fazer! – ele ergueu os
olhos.
—
Você vai ficar aqui até amanhã à noite. Não vai sair um instante sequer, ouviu?
E não vai procurar Luce. – o professor disse categoricamente.
—
E então?
—
Deixe isso comigo. – Alexander disse, e se levantou de sua poltrona.
●●●
—
Férias de verão em duas semanas! – Liv ergueu os braços, alegre.
—
Ótimo, emprego de verão… – Theo revirou os olhos.
—
Isso nos lembra de nossos problemas, sabe… – Archie disse baixinho. – Bem…
verão… Seria normal se vocês voltassem pra casa. – ele olhou os magos.
Lyra
tinha pensado nisso desde que soube das tais férias. Eles ainda não encontraram
orbe nenhum, e estavam acomodados ali. Apertou a mão de Theo com mais força.
Ela se equilibrava na linha do trem (que agora sabia não ser monstro algum)
enquanto andava em direção à escola.
—
Tem razão. – Pyro concordou. – Theo disse algo… emprego de verão?
—
Sim. – ele empurrou os óculos nariz acima. – Acho que entendi. Vocês poderiam
conseguir algum emprego, daí teriam algo para prender aqui. Você, Pyro, pode ir
comigo. As meninas conseguem algo fácil na cidade, o pré-requisito é ser
bonita. – ele olhou Lyra, que corou.
—
Então vamos depois das aulas. – Liv sorriu. Vem com a gente, Arch? – ela
saltitou até ele e lhe tomou o braço.
—
Não posso recusar um convite seu. – ele sorriu timidamente.
Lyra
reparou que os dois estavam cada vez mais próximos, mas não como antes. Ela via
Lavender corar mais perto dele, o que significava uma coisa.
Ela
finalmente desconfiou. Aquilo era mal
de família, só pode.
Pyro
sempre via Amy, e eles pareciam cada vez mais apaixonados. Ela achava aquilo
engraçado, os dois eram muito… bonitinhos? Não era como ela e Theo. Eles viviam
abraçados, cochichando, enquanto Lyra dava choques em Theo, fazia birra por
qualquer coisa, recebia-o com golpes de luta. Ele nunca se importava, mesmo com
ela quebrando seu óculos uma vez que o derrubou da escada.
Era
o jeito dela de demonstrar que gostava dele. Só que ultimamente ela andava
preocupada com uma frase que Theo começava e parava como se fosse um erro
dizer. Ele só dizia “eu…” ou então “porque eu…” e logo caía em silêncio.
Lyra
não queria ouvir. E não forçava, ou perguntava por que de se calar.
Mas
já se passou um mês… e nada. Eles simplesmente não podiam ficar ali! Três
impérios sem sucessor? Não. Um
império. Ainda havia Lothus e Phyreon, os velhos imortais, que podiam assumir
de novo, mas e Magma?
Lyra
pensava nisso todos os dias. E via Lílian definhar.
Ela
mais sofria, afinal, não tinha alguém para beijar e descontar suas frustrações.
Isso a deixava pior a cada dia, embora não demonstrasse. Mas Lyra reparava.
Agora
ela conversava com Liv alegremente sobre um emprego numa loja de roupas, mas
Lyra sabia… que ela estava cada vez pior.
Passaram
a aula como sempre. Theo já nem se lembrava de que Tom Redworn existia, e só
ouvia sua voz na chamada, embora notasse algum olhar dele para Lyra. Estava bem
assim.
No
final da aula, Theo juntou suas coisas rápido para acompanhar os outros
garotos. A sala se esvaziava num instante, e ele sempre sobrava por causa de
suas folhas. Voltou a desenhar, e tinha uma parede inteira dedicada aos magos
dos Cinco Impérios, e metade dela dedicada a Lyra.
Fechou
sua bolsa e a pendurou nos ombros, e deu largos passos para sair da sala, junto
com os outros.
—
Vocês poderiam aguardar um pouco? – o professor Rutherford pediu, ajeitando o pince-nez.
—
Claro, o que foi? – Lílian se adiantou.
—
Queria que fossem todos vocês à minha casa hoje. Preciso conversar e aqui não é
o melhor lugar.
—
Mas… nossos pais… – Archie começou.
—
Oh, eu pago um carro para levá-los depois, e um garoto para avisar. E leve sua
irmã, Theo.
—
Mas… o que você quer tratar com a gente? – Lyra perguntou, a voz temerosa.
Um
clique fez a mente de Theo funcionar. O
professor descobriu que eles não eram da Argentum. E exigiria alguma
verdade. E seria o fim.
Seu
coração começou a bater forte. Depois se lembrou de que Lyra podia manipular as
memórias dele, e olhou os magos de relance. Pyro parecia em guarda, e a mão de
Lílian indicava que soltaria um feitiço a qualquer momento.
Mas
Rutherford apenas sorriu amarelo e lhes disse uma única frase, que fez Theo
estremecer de medo, e outra coisa que não sabia definir.
—
Eu encontrei o orbe de vocês, Lyra Thrower.
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APOSTO QUE NINGUÉM NOTOU OS PARANAUÊ COM O PROFESSOR NO CAPÍTULO ANTERIOR
Aí tipo, eu pus um egg na semana passada mas eu acho que ninguém achou, hm....
APOSTO QUE NINGUÉM NOTOU OS PARANAUÊ COM O PROFESSOR NO CAPÍTULO ANTERIOR
Aí tipo, eu pus um egg na semana passada mas eu acho que ninguém achou, hm....
E os jogos começaram \õ/
Well, se você está perdido, gafanhoto, a luz está nessa minha journal do DeviantArt. E, claro, nas imagens escondidas.
Well, se você está perdido, gafanhoto, a luz está nessa minha journal do DeviantArt. E, claro, nas imagens escondidas.
Lembrando os pdf's tem uma imagem diferente e o primeiro tem a Apresentação :3
até a próxima minha gente.
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