desculpe a ilustra tosca juro que vou desenhar again um dia mas esse dia não é hoje eu quase postei o capítulo XXXII, help |
— Onde você estava? – Lyra trovejou assim que Chris passou pela
porta. – Lílian não queria dizer. Você demorou.
— Onde
você acha? No laboratório. – Chris não estava com muita vontade de encará-la.
Olhou de
relance para Lílian. Sabia que ela podia sentir as pessoas que estavam por cima
da terra, e a partir de seus movimentos, deduzir o que faziam.
Lílian
corou subitamente e virou para a janela. Chris riu.
— Não
precisa ficar assim, senhorita. – disse para ela.
—
Desculpe. – ela disse baixinho.
Lyra olhou
de Chris para sua prima e de volta a ele. Franziu a testa comicamente.
— O que
você estava fazendo? – perguntou, curiosíssima.
Chris
tirou o paletó e jogou num canto.
— Alguém
tem uma navalha? – ele fugiu da pergunta, olhando os garotos.
Tanto Theo
quanto Archie balançaram a cabeça em negação.
— Me
disseram que eu podia matar alguém com uma navalha. Acho mais fácil eu me matar enquanto faço a barba. – Theo
riu.
— Eh,
merda. Você ainda não tem nada na cara, eu vou parecer um mendigo em dois dias.
– ignorou a expressão de Lyra à sua frente.
—
Não-me-ignore. – os dedos dela faiscaram de raiva.
— Está aí
ainda? – Chris passou por ela e foi procurar roupas limpas.
— Chris! –
Theo avisou tarde demais, e ele gritou.
— Não me dê choques, sua vaca! – quase berrou.
— Então me
responda! – ela pôs as mãos na cintura.
— Estava
no maldito laboratório o dia inteiro com aquela ruiva de ontem, só isso!
— E
descobriu algo? – Pyro entrou na conversa.
Que quando eu encontro a última chance para ter
um filho, os deuses me dão uma garota estéril.
— Então,
Cat sabe o que está acontecendo, mas ainda não quer contar. Ela deu a entender
que ele está procurando alguma coisa.
Lyra e
Pyro se encararam.
— Certo.
Você ficou lá o dia todo e só descobriu isso?
— Ela é
durona. – sorriu. Apesar da pele macia,
pensou.
Lyra fez
uma careta e balançou a cabeça em negação.
— Você
ficou beijando ela o dia inteiro, que inútil.
Chris
olhou-a com um sorriso cínico.
— Menina,
os adultos têm outras brincadeiras, caso não saiba. – pegou uma camisa limpa e
foi procurar roupa de baixo.
— Você
disse que tudo indica que Luce está procurando alguma coisa, certo? – Pyro
disse antes que Lyra fizesse algum comentário impróprio para uma princesa.
— Aham. –
disse, distraído.
— Então.
Eu vi uma das cópias levar um cilindro da escola de Amy. E Lyra e eu fomos à
Aurum e achamos andares subterrâneos no prédio de Pesquisa.
Chris o
olhou.
— Nunca
soube disso.
—
Aparentemente ninguém sabe. Lá embaixo nós achamos outro cilindro igual. – Pyro
concluiu.
Chris fitou
os olhos azuis escuros de Pyro.
— Na
próxima vez que me verem, vocês saberão sobre eles. É uma promessa.
●●●
Chris
olhou pela janela do laboratório naquela manhã, e viu a irmã de Archie lá
embaixo, no jardim. Ela estava com um vestido azul simples e o cabelo amarrado.
Não parecia uma cientista. Era só uma garotinha.
Ela
gesticulava e parecia gritar também. Ao redor dela havia algumas pessoas,
soldados, e a alguns metros, seu veículo. Estava um tanto remendado e
arranhado, mas parecia funcionar.
Na máquina
havia um homem, que tentava controlar a coisa. Porém, não conseguia.
Chris
sabia como era difícil ensinar alguém a mexer em dispositivos inventados.
Parece que os inventores criam de um modo que apenas eles mesmos são capazes de
decifrar.
Perdeu-se na
cena. Ela se mordia de vontade de ir lá e ensinar na prática, mas havia um par
de rifles impedindo. Só podia falar e gesticular.
— Amy?
Assustou-se
com a voz de Cat ao seu lado.
— Sim.
— Ah, está
ensinando alguém a pilotar a coisa. Acho difícil que consiga. Essa invenção
parece sob medida pra ela. Veja o lugar para o piloto.
— Aquele
cara não cabe ali, é óbvio.
— Nunca
vai conseguir girar as manivelas, ou entender os radares. São uns idiotas se
acham que ele vai sair do chão. – ela usou seu tom soberbo.
— Acho que
ela percebeu isso, mas…
— Não tem
escolha. – Cat suspirou. – Como está? – olhou-o.
Os olhos
dela, aumentados pelos óculos. Chris não gostava das lentes, escondiam alguma
coisa. Ele carinhosamente subiu a armação, levando também aquela mecha ruiva.
Ela ainda fica corada, é tão…
— Estou
relativamente bem. – não queria mentir. Agora via aquilo que as lentes
escondiam, além daquele círculo cinzento perto das pupilas, e nas bordas algo
mais azul.
Havia… era
algo que Chris não sabia definir. Um afeto quase que materno, forte. Ela não
podia estar apaixonada, podia? Não sabia dizer, mas ele sentia-se cada vez mais
atraído por ela, e aquelas sardas, olhos e todo o resto simplesmente o
seduziam.
Voltou com
os óculos dela para o lugar.
— Vamos
sair da janela. – ele disse, aproximando-se da mesa com o autômato.
— Por
acaso, Chris… – Cat perguntou, colocando-se a seu lado. – Você sente algo vindo
desse autômato? Como, hã… quando você se aproxima de uma panela quente e sente
o calor irradiar.
Chris a
olhou.
— Não.
— Só
lembrei disso agora. Assim que cheguei perto desse autômato eu senti isso. E
também nas armas de Amy. E num garoto.
Um clique
fez a mente de Chris funcionar.
— Como era
esse garoto?
— Um de
cabelo vermelho, parecia sangue.
Pyro.
Se ela
sentiu isso de Pyro, só podia ser uma coisa. Magia. Mas como ela podia sentir? Chris sentia algo estranho quando
estava com eles, mas nada tão direto. Só sentia uma descarga elétrica leve
quando estava perto de Lyra, ou calor quando estava com Pyro. Quanto à Lílian,
ele sentia apenas serenidade.
Olhou
aquela cópia dissecada na mesa.
Havia
magia residual nele.
— Você
sabe o que pode ser? – Cat o olhou.
— Não. –
mentiu.
Sua voz muda quando você mente, Chris, Cat pensou. Talvez não seja a hora certa para
ele lhe contar tudo isso.
Mas ele nunca vai conseguir nada se fizer tudo
sozinho.
— Depois
pensamos sobre isso. – Cat disse.
Ela passou
as mãos pelos cabelos dele e o trouxe para perto, beijando-o delicadamente.
●●●
Cat não
sabia por onde começar aquela conversa.
Mas
precisava tê-la. E não podia adiar de modo algum. Aquele parecia o melhor
momento para isso, enquanto ele estava debruçado sobre seu peito, acariciando
seus cachos, sem se incomodar em embolar os dedos.
— Chris.
— Cat.
Os dois
falaram juntos, e ele se levantou e riu.
— Diga
você. – ele pediu.
Ela
procurou os óculos pela mesa. Achou-os na beirada, a um centímetro de cair.
Pegou-os e se sentou na mesa, colocando seu jaleco sobre a pele cheia de
sardas.
— Você
sabe como deter Luce, não é?
A pergunta
dela pegou-o desprevenido, ela deduziu pela expressão dele.
— Em
partes.
— E você
quer descobrir o que ele quer para detê-lo de algum modo, certo?
A maldita é um gênio, Chris. E você é um estúpido
relojoeiro, ele pensou.
— Sim. –
desistiu.
Cat
ponderou, pondo um dedo no queixo.
A conversa
não ia a lugar nenhum se ela não parasse com seus gestos sensuais.
— Você não
pode fazer nada sozinho, Chris.
— Olha, eu
só quero fazer algo que presta antes de me jogarem numa cela ou me
eletrocutarem numa cadeira elétrica. – ele despejou de uma vez. – e até agora
eu não consegui nada. E esperava que
eu conseguisse tirar algo de você, mas olha lá. Você é quem está tirando tudo
de mim, não percebe? – ele a encarou.
Ele não
falava de informações, Cat notou. Falava de… seria possível? Que gostasse dela?
E ele também sabia de sua pena irrevogável. Seria crueldade demais se ele
começasse a amá-la agora.
— Eu
gostei de você, sabe. Não deveria. Notei que sou o brinquedinho preferido dos
deuses há mais ou menos um mês, sabia? Pois é. – ele cruzou os braços, estupefato.
— Se você
tiver essas informações… qual é a probabilidade de vitória?
— Noventa,
noventa e sete por cento – Chris confiava naqueles três garotos. Confiava demais.
Cat
arregalou os olhos.
— Sério
isso?
Ele deu de
ombros.
— Se Luce
não estiver num estágio de desenvolvimento divino… e eu tenho meus truques.
Era um
plano com noventa e nove por cento de chance de falha, suicida e desesperado,
mas faria.
Morreria
numa cadeira ou numa cadeia, então por que não?
As crianças
só não podiam saber disso ainda.
— Pode me
contar o que pretende?
— Não. –
ele foi direto. Curto e definitivo. Preocupava-se com ela a ponto de não colocá-la
nisso.
— Chris. –
Cat cruzou as pernas e ele desviou o olhar. – se eu te contar o que sei, meu
destino não é muito diferente do seu. Talvez diminua alguns anos, se não me
matarem também. – ela foi curta e direta também. Não queria ela no meio disso,
tudo bem, mas de qualquer modo já estava envolvida.
— Não se
ninguém ficar sabendo disso…
Cat
suspirou.
—
Investigações, Chris. Uma varrida com os
olhos nus nessa sala e descobrem que fizemos de tudo aqui menos estudar
autômatos.
Ele a
encarou por muito tempo.
Ela
estaria perdida se abrisse a boca, e o mundo acabaria se não abrisse. Chris
sentiu um bolo na garganta.
Salve a moça e todo mundo morre. Condene a moça
e salva a humanidade. Seria bem mais fácil se eu não fosse tão íntimo
dela assim.
E se eu não estivesse gostando dela também.
Posso ouvir os deuses rindo da minha cara nesse
momento, é uma risada tão maligna…
—
Infernos. – ele passou a mão pelo cabelo, desesperado. – Não queria te envolver
nisso…
— Chris!
– ela quase gritou. – Onde você enfiou o seu senso lógico de cientista? Não é
óbvio, seu idiota? – ela se levantou, brusca. Não notou que só vestia aquele
jaleco. – A única opção viável aqui é
você esquecer-se de qualquer relação que teve comigo e me por a par de seus
planos, e com as minhas informações nós
dois podemos acabar com Luce! Porque se você bancar uma de sentimental e quiser
salvar a mocinha que dormiu com você uns pares de vezes, vai morrer você, a mocinha e metade desse maldito
país de merda!
Chris riu.
Não conseguia levar aquele tom dela a sério, ela ficava muito linda irritada e
dando aquele ataque.
Mas era
verdade, tudo que ela disse. Quando se tornou tão ilógico assim? Só deveria
tê-la feito falar enquanto gemia e largá-la à própria sorte depois. Esse era o
plano original, aliás.
E lá
estava a mão daqueles deuses de novo.
— Chris. –
ela se aproximou dele com um passo, e tocou seu peito com uma mão. – Nós somos
cúmplices nisso, não somos?
Chris não
hesitou.
— Somos.
— Quem
fala primeiro, você ou eu?
— Você. A
minha história é grande.
Cat voltou
a se sentar.
— Certo.
Nicky vai me matar.
Não. Nicky é uma tenente. Não pode saber disso.
— Uma
forma de energia nova, experimental. Foi comprovado seu poder, mas ainda é
secreto demais e em fase de testes. Pra mim era mito, mas parece que não.
Chris
aguardou por mais.
— McMillan
não disse como isso funciona, mas o poder de geração de energia é muito alto. E
se a coisa se dissipar ou explodir, pode levar uma área considerável com ela.
Armazenaram as amostras em cilindros. E esconderam em três pontos daqui de
Rhenium Valley.
— Em
escolas de garotos? – Chris fechou as mãos em punho.
— Em
escolas de garotos. – ela assentiu. – A Aurum por causa de seu prédio de
Pesquisa, e a escola do centro para não chamar a atenção. E mais um no
Observatório Astronômico.
— Mas por
que…
— As
amostras em um lugar só? Chris. Rhenium Valley.
– ela acentuou bem a última palavra, ajeitando os óculos.
— Um vale,
ah, agora faz todo sentido. –
sarcasmo – se a coisa explodir aqui, só destrói tudo que está entre as
montanhas, maravilha.
— Luce
roubou dois cilindros…
— O da
escola das garotas e o do observatório. – Chris completou.
— Sabe
disso?
— Aham.
Conto depois.
— E os
homens estão protegendo o da Aurum.
Chris
tinha algumas perguntas, como por que Luce simplesmente não se infiltrou e
roubou os artefatos. Podia fazer isso com sua mudança de pele.
A não ser
que ele queria outra coisa a mais.
Causar
danos. E dizer “oi pai, olha o que posso
fazer agora!” como se fosse um garoto mostrando ao pai os garranchos de seu
nome numa folha de papel.
—
Separados, os três cilindros…
— Não
funcionam. Luce precisa dos três para liberar toda a energia e usar para sei lá
o que for.
—
Fortalecer-se, talvez. Talvez… não seja ilimitada… – Chris começou a pensar
alto.
— O que
não é ilimitado?
—
Prossiga.
— É isso. –
ela cruzou a perna para outro lado.
— Cat…
— É só
isso, quer mais o que?
— O
número. De mortos. – ele a encarou duramente.
Ela
hesitou. Cada morte daquela pesaria nas costas dele como se fosse chumbo.
—
Catherine.
— Cento e
oitenta e sete, somando tudo. Mortos e feridos. A maioria, estudantes. – ela
fitou a expressão que Chris fez.
Os garotos
não sabiam daquilo. Talvez os magos não ligassem, eram treinados para ignorar
esse tipo de coisa, mas os outros… aquilo ainda estava longe deles, que eram
jovens e estavam trancados lá em cima, apenas esperando alguma saída.
Mas assim
que saíssem de lá, assim que soubessem que seus colegas de escola morreram e
teriam que ir a funerais e visitar lápides, entenderiam bem. Como Chris
entendeu quando teve que enterrar a mãe e o irmão que a matou no parto, e não
viveu mais que dois dias. E como teve que enterrar o pai anos depois.
Entenderiam,
mas ficariam marcados.
Como ele
ficou.
— Viu por
que não queria te contar? Essa sua expressão de culpa, de ódio de si mesmo…
— Mais
nada?– ele a cortou.
— Não. Sua
vez.
— Você só
vai acreditar quando ver, então se prepare para rir bastante. – ele puxou uma
cadeira e se sentou nela, em frente a Cat.
— Como
assim?
— Do
início: Eu estava, pela milésima vez, tentando me matar. Daí uma coisa caiu do
céu na minha frente – Chris já contara aquilo quantas vezes? – e era uma
esfera. Uma esfera linda, perfeita, redonda, lapidada, do tamanho do seu- do…
da minha mão, assim. E tinha uma fumacinha ondulando dentro. E estava frio
quando peguei da cratera.
As
sobrancelhas de Cat se ergueram.
— Calma,
vai piorar. – ele continuou. – peguei o objeto e voltei correndo pra casa.
Queria vender a coisa para me sustentar, e como eu tinha o costume estranho de
conversar com minhas invenções, fui mostrar a eles o que tinha achado.
— Também
converso com as minhas, você não é o único.
— Daí,
quando eu cheguei perto da sucata que Luce era, a coisa ressonou com o circuito
interno.
Cat se
levantou.
— Você
quer dizer que aquela coisa que caiu do céu é a fonte de energia de Luce?
— Sim.
Instalei-a de qualquer modo e ele funcionou bem até demais, mas espere bem aí
sentada porque ainda tem a pior parte.
Cat se
sentou.
— Daí tem
a parte da evolução, já contei. Depois que Luce fugiu, eu fui até a casa de um
amigo meu, professor da Aurum. Contei a ele sobre isso tudo que te disse e ele
prometeu que ia me ajudar. No outro dia ele me voltou com meia dúzia de
garotos.
— Aqueles
que foram capturados?
— Sim.
Três deles merecem atenção.
— Por que…
— São os
donos da tal esfera.
— Mas caiu
do céu… Chris, seja coerente.
— Quem
disse que essa história é coerente? Você ainda não ouviu o pior dos piores de
tudo.
— Então
diga. – Quantas partes piores aquilo
tinha?
— Cat,
você acredita em divindades?
Ela
revirou os olhos.
— Claro
que não, por favor.
— Eu
também não. Até eu ver aquilo. – ele
juntou as mãos. – Cat, aqueles três garotos. Um é aquele do cabelo vermelho que
você viu com a Amy. Lembra daquela coisa que você sentiu emanando dele?
— Aham.
— Pois
então. Eles chamam de aura mágica.
— Você
está – ela apontou um dedo – insultando a minha inteligência.
— E… – ele
ignorou – os três me vieram de um lugar super estranho que fica perto da
entrada do inferno com a magia daquela esfera que eu coloquei em Luce. E eles
dependem daquilo para voltar pra casa deles. E eu impedi isso tudo porque tenho
essa ganância maldita correndo nas veias. E é isso.
Chris não
achou bom falar em dragões. Ainda
não.
— Você quer
mesmo que eu credite nisso?
Ela
realmente estava incrédula, aquilo o deixou um tanto chateado.
— Eu te
contei aquilo tudo pro seu plano ser… você não disse seu plano. E olha, não
quero nem saber.
— Cat. Por
favor. O plano é descobrir o que Luce quer, atraí-lo e destruí-lo. Simples
assim. E eu disse que você só acreditaria depois que visse, não é? Então vista-se.
Dois choques daquela Lady e você acredita até no coelho da páscoa.
●●●
— Lento
demais. – Lyra desviou o chute de Theo, gingou e aplicou um golpe nas costelas
dele, que gemeu de dor. – Mais rápido, de novo.
— Ela vai
matar o meu irmão. – Liv disse baixinho para Archie.
— Acho que
ele aguenta. – ele respondeu, apertando suas mãos contra as dela.
— Theo tem
medo de machucá-la, daí nem encosta nela direito, apesar de que Lyra é durona.
Essa luta é desleal porque ela não tem dó. – Liv suspirou.
Archie
riu.
— Vai lá
você, Archie. Troca com ela.
— Eu?
Pirou? Se eu for lá eu morro, Liv!
— Você é menor,
mas não tanto assim.
— Você não
entendeu. Theo quer me matar já tem dois dias e só está esperando uma
oportunidade. Se eu me oferecer pra uma luta…
— Por quê?
Archie
fitou aqueles olhos verdes que o fascinavam tanto. Sorriu e encostou a ponta do
seu nariz no dela.
— Por
causa de você. Acho que te roubei dele.
— Claro
que não!
— Claro
que sim. – Archie ponderou. Viu Theo tomar outro golpe.
— Quando
ele começou a ficar com Lyra, eu não senti que ela estava roubando ele de mim.
Eu fiquei feliz por ele. E fiquei triste também, porque ela ia embora e eu vi
que ele gosta dela. Por que Theo pensaria assim de você? Você, Archie. O melhor amigo dele.
— Não sei.
Ele te ama muito.
— Acho que
ele tem que aprender a perder algumas coisas. – ela encarou a luta dos dois.
— Também
acho.
Lílian
levantou a cabeça de repente, o cenho franzido.
— Que foi,
querida? – Rutherford, que lhe fazia companhia, olhou-a.
— Chris. –
ela estava séria. – Lyra vai matar
ele dessa vez.
Uma voz
alta de mulher se fez audível e a porta abriu bruscamente. Theo parou de se
mexer e recebeu todo o impacto do soco na boca, e caiu rolando pelo chão.
— Por que você não desviou, seu desgraçado! – Lyra não percebeu a porta abrir e correu até
o namorado.
Todos os
outros olhavam a porta, e Chris fechou-a delicadamente atrás das costas. Seus
lábios formavam uma linha fina e reta. Ele viu Lyra debruçada em cima de Theo,
depois olhou Lílian e por último, Pyro, que franziu o cenho.
Cat estava
imóvel à sua frente, paralisada com os olhos em cima do cabelo de Lílian. Era o
normal.
— E por
que vocês estão tão quietos? – Lyra se levantou puxando Theo pela blusa
manchada de sangue e quase o largou ao ver Cat.
Pôs seu
namorado de pé e andou até perto dela. Chris podia sentir a aura de arrogância
de cada uma das duas, e queria fugir.
— Você,
quem é?
— Não,
mocinha. Você, quem é? – Cat a olhou como se fosse um camundongo de
experiência.
— Cat, Essa é a Lyra, e Lyra, essa é Catherine
Hemingway. A chefe do departamento de ciência.
Algo
iluminou Lyra.
— Ah sim,
você que é a garota que ele anda co-
Chris
agradeceu aos céus por Theo conhecer bem a namorada que tinha. Ele empurrou-a
bruscamente pra um lado, cortando-a.
—
Theophilo Steamwork, prazer. – estendeu a mão mecanicamente, depois viu. – Ah,
desculpe. – estava com sangue. Estendeu a outra.
— Você
precisa de um médico, hã?
Theo tinha
sangue na boca e na camisa, sem piedade.
— Até que
não, foi só um corte, ela já- – olhou Chris por um segundo e ele confirmou com
a cabeça – me curou.
— Christopher. – Lyra trovejou, com muita,
muita raiva – O que essa mulher está
fazendo aqui?
— O que
você acha? Tentando salvar a minha pele do fim do mundo. – Cat respondeu com
toda sua sutileza comum.
Chris
percebeu que seria o começo de uma longa inimizade.
não cara, hoje não tem easter egg. again.
feliz ano novo =D
---------------------------
E os jogos começaram \õ/
Well, se você está perdido, gafanhoto, a luz está nessa minha journal do DeviantArt. E, claro, nas imagens escondidas.
Lembrando os pdf's tem uma imagem diferente e o primeiro tem a Apresentação :3
até a próxima minha gente.
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