no universo paralelo... Cat - a nerd que não penteia o cabelo e tem 200cm de busto do Clube de Física Nicky - a gracinha do time de handebol UMA AMIZADE DEVERAS IMPROVÁVEL MEUZAMIGO |
Theo estava deitado no colchão, os braços na
nuca. Acabara de acordar.
— Arch. –
chamou-o. Ele estava acordado também, e todos os outros. Esperavam a vez de
fazer a higiene matinal.
— Theo,
eu… ainda não me desculpei sobre o porão. E Amy e tudo isso. Sério, nós
deveríamos ter contado a vocês. – Archie disse antes que esquecesse.
Theo nem
se lembrava disso mais.
— Ah… sem
problemas. Não ligamos de vocês esconderem isso… nesse seu caso, quanto menos
gente souber, melhor.
— Sim… o
que você ia falar? – Archie se espreguiçou.
— Na
Aurum. Depois que você se separou de mim.
— Sei.
— Ainda
não esqueci o soco na boca que estou te devendo.
Archie
riu.
— Mas…
depois que nos separamos, eu andei uns metros e encontrei Tom Redworn atirando
autômatos como se fossem bolas de papel.
— Sério? –
Archie se virou.
Theo
assentiu, e com uma das mãos, procurou os óculos trincados. Achou e colocou no
rosto.
— Eu dei a
Dragonslayer pra ele.
— O que?
— Isso.
Ele… Tom estava diferente. Só de estar lá enfrentando autômatos com as mãos
nuas… isso me surpreendeu, de verdade.
— Ele não
parece ser desse tipo de gente altruísta. – Archie cutucou o lado inchado do
rosto.
— Ele
disse… que aprendeu algumas coisas pelo pior jeito.
— Lyra?
Theo
assentiu.
— A camisa
dele estava aberta. Eu vi as cicatrizes… queimaduras, Arch. Queimaduras feias.
— Achei
que… sei lá, pessoas ficam loucas quando sofrem tortura, não?
— Sim, mas
se a coisa for prolongada, tipo dias. Realmente senti que ele mudou. Daí dei a
espada pra ele, desculpe.
— Se ele
estava do nosso lado… não foi detido?
— Parece
que não. Quando eu vi os soldados se aproximando, disse para ele se esconder,
creio que ele fez isso. Mas ainda assim estou preocupado.
—
Preocupado com o que? – Lyra se jogou em cima dele sem aviso prévio.
Theo
perdeu o ar dos pulmões.
Não se sente aí, sua doida!
— Tom,
aquilo que eu te disse ontem. – ele tomou a cintura dela, e a deslocou
sutilmente.
— Ah, sei.
Se quiser a Lílian pode achá-lo, já disse. Não posso sentar no seu colo não?
— Você é
pesada.
— Como é que é? – ela o encarou com aquela fúria conhecida.
Piorei as coisas, que legal.
Archie riu
e se levantou.
— Vou
deixar vocês aí.
— Não sou
pesada. Sei bem do que se trata,
Theophilo. – ela deu um sorriso torto e se sentou do lado dele de livre
vontade. – Sabe de uma coisa?
— O que?
— Continuo
virgem.
— E…?
— Você é
um idiota.
Theo
revirou os olhos.
— Olha só,
não vou gastar meu latim com o discurso sobre você ser uma princesa e seu pai vir me matar quando descobrir que quando a filha
saiu de casa era donzela e quando voltou não era mais. – arrumou os óculos,
tentando olhar outra coisa. Qualquer
outra coisa.
Lyra riu
muito alto.
— Você tem
medo do meu pai, é isso?
— E nem é
porque ele é neto de Lorde Phyreon
Thrower. – Theo se contagiou pelo riso dela, e riu também.
— Ele
nunca viria te matar, por favor.
— Se eu
fosse ele me caçaria até o último círculo do inferno. – Theo acariciou o cabelo
dela.
— Vai
fazer isso com Archie? – ela apontou-o com o queixo.
Theo olhou
na direção apontada e o viu roubar um tímido beijo de Liv.
Concertou
os óculos.
—
Provavelmente. – soou frio.
—
Sinceramente, não acredito que está com ciúme da sua irmã. Pra mim, Archie é o
melhor cara pra ela. Inteligente, futuro promissor e uma herança digna. Diria
que Liv tem sorte por ele amá-la assim.
— Também
penso assim, Lyra.
— Mas
ainda tem vontade de esmurrá-lo.
Theo
suspirou.
— Com o
tempo acho que acostumo. Foi coisa demais de uma vez.
Dessa vez
quem suspirou foi Lyra.
— Que foi?
– ele fez um cafuné nela.
— Lembrei-me
do meu pai agora.
—
Desculpe.
— Não, é
que… eu sempre contei tudo a ele, sabe? Minha avó é dada a escândalos, daí
algumas coisas eu não contava a ela. Tipo quando eu beijei alguém pela primeira
vez. Não queria falar com vó. Lílian estava a milhares de quilômetros. Minha
mãe nem se fala. Não tinha mais ninguém. Daí eu corri pro escritório e falei
com ele.
— Sério?
Ela
assentiu.
— Ele
ficou me encarando com a cara de idiota que ele sempre faz quando é pego de
surpresa, sabe? Fica mais ou menos assim – ela simulou a expressão, era cômica.
– e aí depois ele começou a me encher de perguntas sobre o cara. – ela riu.
— Viu, ele
viria me matar.
— Depois
disso, tudo eu contava pra ele antes de falar com outra pessoa, ou quando Lílian
não podia me ouvir. No começo ele ficava incomodado, mas depois parou. Começou
até a me dar alguns conselhos. Ficávamos horas sentados no alto da torre do
viveiro da Peg, só balançando as pernas do lado de fora da janela, falando de
nós mesmos.
— Isso é…
legal. Peg?– Theo não tinha muitas palavras para descrever. Era muito mais do
que legal.
— Peregrine,
minha fêmea de falcão-peregrino.
— Não
tinha um nome menos óbvio não, Princesa?
— Eu tinha
oito anos! – ela pegou o travesseiro e bateu nele. – Sabe, quando a gente
sentava lá, a maioria das vezes quem falava era eu. Os problemas do meu pai
eram sérios demais, ele quase nunca contava. Mas ouvia e ouvia. Falava mais
quando eu terminava com algum namorico. Aí ele me dizia sempre a mesma coisa.
— O que?
—
Continuar procurando.
Theo
ergueu as sobrancelhas, esperando por mais.
— Ele
dizia que… quando eu encontrasse a pessoa certa eu saberia. Não dizia como,
dizia que eu saberia. Que nem ele soube quando achou minha mãe. Ela já fez
muita merda com meu pai, mas ele ainda sabia que seria ela, mais cedo ou mais
tarde.
— E foi.
— Sim. E
eu continuei procurando. Queria saber como é essa coisa, esse saber. Se a sensação seria boa ou não.
Mas eu não sentia nada, Theo. Naaaada. Até perguntei pra ele se eu tinha algum
problema, isso foi quando Lílian conseguiu o namorado dela. Meu pai riu e disse
que eu não tinha problema nenhum, e sim que não havia ninguém suficientemente
bom pra mim ainda. E que eu saberia quando encontrasse. Naquele dia fiquei com
uma raiva desmedida. – ela riu. – e continuei sem sentir nada.
Theo não
entendia isso muito bem, porque não tinha a experiência dela. Já gostou de
algumas garotas antes, mas sempre foi muito tímido para investir, e nenhuma
delas prestava atenção nele.
Sequer
sabiam seu nome.
Sempre
desistia delas, depois de algum tempo.
—
Continuei e continuei até…
Hoje?, Theo pensou, com algo no peito. E
vai continuar sem sentir?
— Até te
beijar.
Aquele
algo virou outra coisa que fez seu rosto avermelhar. Olhou-a por um momento
considerável, enquanto ela sorria.
Aquele
maldito sorriso lindo. Aqueles malditos olhos azuis como pedras de água marinha.
— Isso
quer dizer que você…
Ela calou
seus lábios com um dedo.
— Não
diga. Não precisamos dizer.
Talvez
fosse uma praga falar.
Theo
segurou a mão dela que cobria seus lábios e a puxou para um abraço muito
apertado, daqueles de doer as costelas.
E se
sentiu a pessoa mais feliz daquele lado do mundo.
●
— E é
isso. – o General-de-divisão McMillan concluiu.
Cat tirou
os óculos e limpou-os no jaleco, gesto para pensar em tudo que tinha ouvido.
Imaginou o
que Chris sentiria se soubesse.
A verdade
era que se afeiçoara a ele, e não só pelo beijo que deram. De certo modo ela o
entendia. E sentia um belo tanto de pena. Do fracasso dele, em todos os
sentidos possíveis.
O general
falou da vida de Chris toda, ela deveria saber alguns fracos dele, e deveria
fazer o possível para que ele colaborasse positivamente para o sucesso da
missão, ou seja, fazê-lo contar tudo.
Podiam
torturar, mas não tinham lugar apropriado nem material apropriado.
E se ele
dissesse tudo de livre vontade seria melhor.
McMillan
realmente achava que Chris tinha algo a ver com a ação de Luce. Cat queria
argumentar a favor dele, mas não o fez. Não podia fazer isso de forma alguma. E
se o general descobrisse sobre eles, que se beijaram? Seria catastrófico.
Cat disse
que o autômato evoluiu e que Chris poderia não fazer ideia de como a
“consciência” dele funcionava, mas aquele maldito
não entendeu. Queria socá-lo por isso. Queria pelo menos berrar “Qual a parte do perdeu o controle você não entendeu?”, mas nem isso fez.
Pelo menos
não ainda.
— Não
preciso dizer que tudo isso é estritamente secreto, preciso?
— Não
senhor. – manteve seu tom frio e profissional. Insubmisso, porém.
Encarou
bem os olhos fundos e verdes daquele homem. As marcas da idade que começavam a
vir. Os cabelos curtos e cinzentos.
— Espero
respostas rápidas. Dispensadas.
Cat saiu
da sala e suspirou.
— Chris
não sabe de nada, como eu arranco dele algo que nem ele sabe? – perguntou para
Nicky.
— Não sei.
Talvez ele saiba de algo. Alguma coisinha. – ela tentou. – se é que terão tempo
pra isso. – ela sorriu diabolicamente.
— Nicky…
— Você já
o chama de Chris. Já está defendendo ele. Já pegou. Então…
— Não me obrigue
a bater em você… – disse entre dentes.
— Você
quem sabe. Estou armada e sei luta melhor que você. – ela riu.
— Já tenho
coisa demais pra pensar, sobre… você ouviu.
— Sim. Isso é preocupante.
Cat mal
percebeu que já estava no corredor de seu novo laboratório.
— Vou te
deixar aqui. Levante esse nariz, empine essa bunda e vai ser feliz. – ela
sorriu largamente. – E se você voltar de lá ainda uma donzelinha ruivinha, já
sabe. – Nicky apontou o coldre.
— Acho que
prefiro o tiro… – Cat resmungou, mas Nicky não ouviu, já estava longe.
Soprou a
mecha que caía nos seus olhos e cumprimentou o soldado da porta.
—
Fairmount está aí?
— Sim, senhorita.
— Hm… ele
disse algo?
— Disse
que não deveria deixar ninguém incomodá-lo, apenas a senhorita.
Cat
engoliu seco.
— Siga as
ordens dele, soldado. – disse com seu timbre firme, inflou o peito e abriu a
porta com fúria terrível.
Quando Cat
fechou a porta nas costas, o soldado disse a si mesmo:
— Sim
senhora. E pode deixar que vou ignorar os gemidos também. – riu, arrumando o
rifle.
Cat se
assustou com o que viu.
Chris
estava com as costas nuas, debruçado em cima do autômato, trabalhando
furiosamente.
Ele se
levantou e virou. Suas sobrancelhas ergueram, e ele olhou o torso.
— Eh,
desculpe. – ele correu até a mesa dos papéis e pegou sua camisa. – costumo
trabalhar assim lá na minha oficina. Esse lugar é o inferno no verão.
Cat sentiu
as bochechas queimarem. Mas já? Ah que
merda.
A verdade
era que não se importava. Chris não tinha aquele abdômen escultural que a
maioria dos soldados que via tinha. Era só um sujeito magro.
—
Descobriu algo?
Que batom vermelho te deixa irresistível, Chris quase disse. Teve muita vontade de
dizer. Mas o tom que ela usou na pergunta era frio demais.
— Nada. –
mentiu. – Só que eu não conheço essa máquina mais. – suspirou.
Essa parte
era verdade, infelizmente.
Cat passou
para o lado oposto ao de Chris na mesa onde estava o autômato. Ela olhou os
lados e achou suas chaves de fenda.
— Pensei
que viria mais cedo.
— Fui
chamada pelo General.
— Ele te
disse o que Luce quer? – Chris a olhou nos olhos.
Cat retribuiu
o olhar.
— Sim, em
partes. Ainda não sabemos o propósito, mas estamos perto de descobrir.
Chris
esperou por mais, mas ela abaixou e desviou o olhar para o interior do robô.
— Não
posso te dizer. Você é só um civil.
Ela sabe. Agora é arrancar isso dela.
Talvez não
fosse difícil. Primeiro, ela estava ali na sua frente. Certo, ela era obrigada
a estar ali, mas ainda assim, se tivesse se ofendido pelo beijo, o soldado da
porta estaria ali dentro. Segundo, que diabo aconteceu com ela da noite pro
dia? Ontem ela era uma cientista maluca com o cabelo estranho e saiotão. Hoje
ela era uma cientista maluca super sensual de batom vermelho e…
Ela tem sardas nos peitos.
Chris
ficou sem reação por um momento perigosamente longo. Cat estava reclinada
demais sobre o autômato, e aquele decote era precisamente aberto.
Lembrou-se
da realidade e olhou ao redor. Tentou se focalizar. Lembrar as prioridades.
Luce, o que ele queria, acabar com Luce, sardas, ajudar os garotos a voltar pra
casa, mais sardas e suicí- sardas.
— O que
foi? – Cat ergueu a cabeça. – está parado aí igual ao idiota que é. Faça alguma
coisa. – ela usou aquele tom sou-dona-do-universo que a deixava muito sedutora.
— Estava
esperando isso.
— O que?
— Você me
xingar. Matar, esfaquear, enfiar essa chave de venda nos meus olhos, qualquer
coisa.
— Por quê?
— Oras.
Por causa de ontem.
Ahá, ela corou. Sonhou comigo a noite inteira,
dez contra um nisso aí, Chris
pensou.
— Ah, sim.
Isso. – ela revirou os olhos, desinteressada. – Relevarei, Fairmount. Só porque
preciso mesmo de alguém para pegar minhas ferramentas.
— Estou
vendo.
— Quê?
— Não diga
que não gostou, Kitty. Você não teria
aparecido hoje tão maravilhosa assim se não tivesse gostado.
Continue a fazê-la corar assim e você vai se dar
bem hoje, Christopher… continue…
— Só…
desculpe ter feito você correr feito uma menina do colegial. Acho que fui
muito, hã, apressado. Mas é que… bem. – ele se embolou no que ia dizer, e não
foi proposital. – desculpe.
Cat
piscou. Nunca pensou que ele fosse pedir desculpas por aquilo. E as maçãs dele
ficaram rubras, tanto que foi visível mesmo com aquela barba toda.
Aquela barba, que fazia cócegas. Que arranhava
levemente…
Havia um
bolo na sua garganta.
— Vou
perdoar, mas não se acostume. E você sumiu a minha faixa de cabelo. E está um
calor dos infernos. E não me chame de… Kitty.
– ela franziu o cenho.
Chris
quase riu daquela desculpa.
— Mas
sério, você está linda.
— Chris,
volte ao trabalho. – tom de ordem.
— Não
consigo. – era verdade. Ainda mais se ela fosse abaixar daquele jeito indecente
de novo.
Catherine
cruzou os braços e bufou.
— Nós
precisamos deter essa coisa! – ela começou a acompanhá-lo com o olhar enquanto
ele circundava a mesa. – Você precisa colaborar ou nós nunca vamos achar nada
relevante!
Eu sei disso, mulher. Não me
atormente mais do que já estou, por favor.
Ele parou
à frente dela, encarando-a. Ouvindo.
— E quanto
mais cedo descobrirmos, melhor vai-
— Cale
essa boca, Cat.
Chris a
puxou pela cintura com firmeza e a beijou. Ela perdeu todas as defesas em um
instante, na verdade parecia que ia derreter. Ele viu que dessa vez não
fugiria. Abraçou-a com mais força só por precaução.
Ela não
podia fugir. Deveria ficar ali, deveria ter algum laço com ele, algum vínculo
que a fizesse falar tudo que sabia, e rápido.
Não era
bem o certo, mas Chris andava sem opções e sem tempo.
Com
cuidado, foi levando-a até a mesa dos papéis ali perto. Ela obedecia cada
movimento dele. Encostou-a no tampo da mesa e sentou-a ali erguendo-a pelas
coxas firmes.
Não sabia
por que, mas estava nervoso demais.
Aquelas
sardas eram tão marrons.
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Eu já disse que Orbe é young adult?
acho que não.
Você pensou que não teria dica da dica hoje?
Pois está enganado, amigo! As notas também fazem parte do texto! E aqui vai ela:
Tem a light novel do anime no Light Novel project. Está na parte de "Projetos Ativos"
Mas eu acho que de ativo não tem é nada.
até a próxima minha gente.
Eu já disse que Orbe é young adult?
acho que não.
Você pensou que não teria dica da dica hoje?
Pois está enganado, amigo! As notas também fazem parte do texto! E aqui vai ela:
Tem a light novel do anime no Light Novel project. Está na parte de "Projetos Ativos"
Mas eu acho que de ativo não tem é nada.
E os jogos começaram \õ/
Well, se você está perdido, gafanhoto, a luz está nessa minha journal do DeviantArt. E, claro, nas imagens escondidas.
Well, se você está perdido, gafanhoto, a luz está nessa minha journal do DeviantArt. E, claro, nas imagens escondidas.
Lembrando os pdf's tem uma imagem diferente e o primeiro tem a Apresentação :3
até a próxima minha gente.
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